Fortes emoções a caminho envolvendo a política acreana. O portal CNN Brasil (https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/pf-apreende-r-3-milhoes-em-operacao-durante-segundo-turno-das-eleicoes/) destaca em sua edição de ontem, 28, que a Polícia Federal (PF) no Amazonas realizou a maior apreensão de dinheiro em espécie durante o segundo turno com a operação “Eleição 2022”.
Agentes
Segundo o noticioso, cerca de R$ 3 milhões foram apreendidos com duas pessoas, que foram presas. Segundo a PF, o dinheiro foi retirado pelas duas pessoas em um banco no centro da capital amazonense de Manaus. A dupla foi presa em flagrante. Além disso, foram apreendidos dois celulares e um carro de luxo.
O Acre nas paradas
Os homens tinham a companhia de uma empresa de transporte de valores e tinham vínculos com um político no estado do Acre. Os dois homens foram levados para a Superintendência da PF onde foram ouvidos, e não conseguiram explicar para onde iria o dinheiro.
Crime e castigo
Após a detenção, a dupla foi para a audiência de custódia e irão responder pelo crime de “caixa dois”, com pena de cinco anos de prisão e multa. O caso ocorreu no último dia 21, mas só foi divulgado na sexta-feira (28) pela PF.
Palanque
O Ministério Público Eleitoral enviou recomendação a uma igreja de Cruzeiro do Sul para que abstenha-se de realizar ou de permitir que se realize, no interior de seus templos, qualquer espécie de propaganda eleitoral, inclusive a negativa, pedido de voto, ainda que dissimulado, manifestação de apoio ou de agradecimento público a candidatos a cargos públicos nas Eleições de 2022.
Agente político
A medida foi tomada pelo procurador regional eleitoral auxiliar Humberto de Aguiar Júnior, após denúncia contendo um vídeo, no qual o pastor da referida Igreja em sua pregação religiosa, tenta induzir o voto dos fiéis mediante um dos slogans e um dos candidatos e expondo cartazes com pedido de não voto no candidato concorrente. Na pregação o pastor chega a afirmar aos fiéis que votar nulo é pecado.
Questão legal
A recomendação fundamenta-se na Lei da Eleições (9.504/1997), que veda a veiculação de propaganda eleitoral de qualquer natureza nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público ou que a ele pertençam e nos bens de uso comum, assim considerados, para fins eleitorais, aqueles a que a população em geral tem acesso, como os templos religiosos.
Afronta legal
Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral já firmou entendimento, segundo o qual a prática de atos de propaganda em prol de candidatos por entidade religiosa, ainda que de modo velado, pode caracterizar hipótese de abuso de poder econômico e, por isso, deve ser uma prática vedada.
Recomendações
A agremiação religiosa também foi alertada para que instrua todos os líderes, pastores, ministros e religiosos que façam uso da palavra na respectiva instituição religiosa no sentido de que é vedada pela legislação eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral, seja de forma verbal ou impressa (informativos, impressos), nos referidos templos, advertindo-lhes de que a inobservância dessas proibições pode ensejar a aplicação de multa pela Justiça Eleitoral.
Bom senso
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista após o debate da TV Globo desta sexta-feira, 28, que irá respeitar o resultado das urnas no segundo turno das eleições presidenciais contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Cenário
A declaração do chefe do Executivo ocorre após proposta de adiar o segundo turno ganhar adesão da família do presidente. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, sugeriu que, para haver reparação ao pai em supostos erros de veiculação de propaganda eleitoral em rádios, as eleições teriam de ser postergadas. A tentativa de adiar o segundo turno da eleição presidencial, no entanto, não foi colocada em prática diante do recuo do próprio governo.
Imbróglio
Antes, o presidente já havia dado várias declarações lançando dúvidas sobre o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, sem apresentar provas.
Reversão
Ao ser questionado após o debate desta sexta-feira se, assim como o ministro das Comunicações, Fábio Faria, se arrependia da denúncia de supostas irregularidade em inserções do programa eleitoral, Bolsonaro disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “inverteu tudo”.
Argumentos
“Na verdade, perdemos inserções. Apresentamos provas ao TSE. Lamentavelmente, o TSE inverteu tudo. Eu não me arrependo. O TSE investigou empresários com prints da imprensa. O TSE, se não tivesse culpa em nada, não teria demitido o funcionário da forma como demitiu”, disse.
Otimismo
O presidente também demonstrou confiança na vitória no domingo. “Nós vamos ganhar as eleições para continuar, não só o que fizemos, mas com a garantia de que teremos um Brasil em liberdade”.
Relações perigosas
Ainda sobre o debate ocorrido na noite de ontem, sexta-feira, 28, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionou, logo no início do debate, as relações entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB).
Questões delicadas
“Ele sabe quem esconde. Acabou de tentar esconder o Roberto Jefferson, o pistoleiro dele, o homem de confiança”, afirmou Lula. O ex-presidente do PTB feriu agentes da Polícia Federal (PF) que cumpriam um mandado de prisão contra ele no domingo (23/10). “Quem mandou o ministro da Educação escondido para os EUA num avião da FAB?”, questionou Lula. O petista também citou casos envolvendo a família de Bolsonaro, como as rachadinhas e a compra de imóveis. Após o atentado contra os policiais, Jair Bolsonaro se afastou da figura de Roberto Jefferson e chegou a dizer que eles não tinham fotos juntos.
Prognósticos
As campanhas de Lula e Jair Bolsonaro preveem quantidade parecida de diferença de votos entre os dois candidatos. O entorno de Lula acredita numa diferença entre um milhão e dois milhões de votos. Já o QG de Bolsonaro avalia que a diferença será de no máximo um milhão de votos, o que representa 0,6% num universo de 156 milhões de eleitores aptos a votar.
