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Jamaxi

Espírito natalino

O governo do Estado apresentou ontem pela noite, 20, a decoração de Natal 2021. O Palácio Rio Branco e as praças em seu torno foram ornamentadas com detalhes que remetem ao período natalino e encantou o público pela modernidade de cores e luzes, deixando o centro da capital mais belo e iluminado para as festividades de fim de ano.

Detalhes 

Uma das grandes novidades apresentadas foi a casinha do Papai Noel. Além de climatizado, o espaço detém 90 metros quadrados, com cômodos ambientados para o cenário do Polo Norte, aptos a receber populares, que terão a oportunidade de ouvir histórias, interagir e tirar fotos com os personagens.

Discurso e prática 

Como fez anunciar no final de semana, o deputado federal Léo de Brito (PT) protocolou junto à Polícia Federal pedido de instauração de inquérito para apurar o possível vazamento da Operação Ptolomeu – desencadeada pela instituição no final da semana passada, tendo como alvo agentes do governo do estado. 

Fato gerador 

O pedido foi sustentado a partir da declaração do governador Gladson Cameli (PP), que, em discurso na Aleac, durante a solenidade de encerramento do período legislativo, afirmou que soube com antecedência que a operação policial iria acontecer, informação chegada ao seu conhecimento pela “rádio Peão”. No último domingo, o governador se reposicionou em relação a sua fala, declarando a um site da cidade que recorreu, tão somente, a figura de linguagem para traduzir as especulações que  povoavam os bastidores da política local. 


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Confraria 

O jantar que marcou a aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (ex-PSDB), na noite de domingo, 19, reuniu integrantes de ao menos nove partidos, incluindo presidentes de siglas de centro, como MDB, PSD e até mesmo o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, aliado de João Doria no PSDB.

Espectro 

O encontro foi uma sinalização do petista de sua intenção de formar uma aliança que vá além da esquerda para derrotar o presidente Jair Bolsonaro em 2022, mas dirigentes partidários afirmaram ainda ser prematuro falar em “frente ampla”, como querem os petistas. Também estavam no evento nomes do PSB, PV, PCdoB, Rede, Solidariedade, além do próprio PT.

Estratégia 

A aproximação de Lula com Alckmin, que foram adversários políticos por mais de 30 anos e duelaram na disputa presidencial de 2006, tem como objetivo fazer do ex-governador de São Paulo o vice na chapa petista, numa articulação que envolve também o PSB, provável destino do agora ex-tucano. Outros partidos também são considerados para receber o novo aliado do PT, como PSD ou Solidariedade.

Leitura 

Presente ao jantar, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que Lula “vai precisar de habilidade” para negociar o apoio de siglas de centro. “Tem que caminhar para o centro. Procurar alguém com esse perfil mesmo (de Alckmin). Vai precisar de pessoas com esse perfil”, afirmou ele, que ficou pouco tempo no jantar e se esquivou de aparecer na foto em que Lula posou ao lado de outros dirigentes partidários. O ex-ministro dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer lançou o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao Palácio do Planalto.

Água e óleo 

Para Kassab, mesmo após Bolsonaro se filiar ao PL, sigla do Centrão, a chance de o atual presidente atrair legendas do centro em uma aliança para 2022 é nula. “Bolsonaro não tem possibilidade, já foi no limite com o Centrão”, afirmou. Além do PL, fazem parte da base aliada no Congresso o Progressistas, Republicanos, PTB e PSC.

Recorde negativo

O patamar de investimentos públicos federais será o menor da história em 2022, conforme relatório do Orçamento apresentado ontem, 20/12, no Congresso. Serão R$ 44 bilhões no ano que vem para o governo federal investir em setores como infraestrutura, escolas, postos de saúde, defesa, pavimentação e em todas as áreas que dependem de recursos da União. A previsão é de que o texto seja votado hoje na Comissão Mista de Orçamento e em plenário.

Histórico 

Nem mesmo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que postergou parte do pagamento de dívidas judiciais e mexeu com o teto de gastos (que limita as despesas à inflação), foi suficiente para recuperar o patamar de desembolsos dos últimos anos. Essa rubrica chegou a R$ 200 bilhões em 2012, caiu para R$ 63 bilhões em 2016 e travou em R$ 48 bilhões neste ano, considerando valores com correção inflacionária.

Marco

A queda nos investimentos públicos ficou mais acentuada após a imposição do teto de gastos, regra aprovada em 2016, ainda no governo de Michel Temer. Em boletim divulgado pelo Tesouro Nacional em outubro passado, o investimento líquido do governo geral (que inclui União, Estados e municípios) ficou negativo em R$ 12,2 bilhões no segundo trimestre – ou seja, o que foi investido não foi suficiente para recompor as perdas com depreciação.

Prioridades

Os ministérios que receberam a maior parte dos investimentos para 2022 foram o da Defesa, estratégico para o governo Bolsonaro, na ordem de R$ 8,8 bilhões, e o do Desenvolvimento Regional, o mais agraciado por verbas do orçamento secreto – que levou R$ 8,2 bilhões da fatia.

Contradições 

Só para compra de aeronaves e caças da Força Área Brasileira, por exemplo, está reservado R$ 1,2 bilhão, valor maior do que todo o montante previsto para ser gasto em saneamento básico (R$ 1 bilhão) ou a receita total para investimentos do Ministério da Ciência e Tecnologia (R$ 756 milhões) no próximo ano.

Política de governo 

As despesas destinadas à Defesa e ao Desenvolvimento Regional superam até os investimentos em infraestrutura previstos no relatório, de R$ 6,8 bilhões. Além disso, são maiores do que os aportes na Saúde (R$ 4,7 bilhões) e na Educação (R$ 3,7 bilhões). “A infraestrutura física do País está regredindo, e isso tem evidente prejuízo econômico. É impossível esperar uma taxa de crescimento econômico significativa quando a infraestrutura física está retrocedendo”, afirma o consultor de Orçamento do Senado Vinicius Amaral.

Renitente 

O Presidente afastado do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, pretende se candidatar ao Senado em 2022. Pelo menos é o que diz em carta enviada da prisão para um amigo, escrita à mão. Nela, o ex-deputado admite, porém, se preocupar com o presidente do Partido Liberal (PL), nova sigla do presidente Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto. “[Costa Neto] Aposta que não serei candidato a nada”, escreveu Jefferson ao amigo “José Carlos”. Ele acredita, também, que atuaria no Senado no papel de “forte ajuda para Bolsonaro como freio ao STF”.

Maus lençóis 

Na última sexta-feira (17/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou mais um pedido de soltura do ex-deputado. Moraes também é citado na carta de Roberto Jefferson. “O Xandão marcou pauto do meu inquérito para a plenária ao final de fevereiro”, diz. “Xandão e Valdemar têm como amigo e consultor o Zé Dirceu. A coisa está vindo por aí”.

Grande Angular

Outra preocupação revelada pelo fundador do PTB diz respeito a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo: “A Lindôra, mudando todas as suas posições, se manifestou pela continuidade da minha prisão preventiva”. A carta é endereçada a um amigo de nome José Carlos, a quem ele convida para ser suplente de sua candidatura ao Senado no próximo ano. “Pena que não possamos estar juntos para traçarmos caminhos para a política do Estado”, lamenta.

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