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Jamaxi

É pau, é pedra!

Em entrevista concedida ontem (16) ao jornalista Itaan Arruda, no programa Gazeta Entrevista, veiculado pela TV Gazeta, a prefeito Tião Bocalom (PP) revelou que foi por sua iniciativa que a Tropa de Choque do Bope foi acionada para confrontar e retirar da frente da sede da estatal margaridas e garis que suplicavam o recebimento de salários atrasados e também impediam o acesso à Zeladoria de Rio Branco.

Ou vai ou racha 

Pelo receituário administrativo de Bocolam, “se não há espaço para conversas, o único jeito de restabelecer a ordem é usando a força policial”. 

Modus operandis 

Reestabelecendo uma prática que tinha sido abolida nos governos da Frente Popular na administração do Acre nos últimos 20 anos e na gestão de Rio Branco nos últimos 16 anos,  Bocalom deixou patente que doravante essa prática para casos da espécie será sua régua. 

Cassetete democrático

“Nós usamos a polícia e vamos fazer isso sempre que for necessário. Quem acionou a tropa de choque fui eu. Fui eu! O secretário reclamou, afirmou que não estava tendo mais conversação e se não estava tendo mais conversação, tem que acionar a tropa de choque. Fui eu que acionei e não tenho nenhum problema em dizer isso. Cumpri com a minha responsabilidade”, afirmou.

Uma coisa e outra coisa 

Ainda na entrevista, Bocalom revelou que a prefeitura não pagou as empresas que terceirizam a limpeza dos espaços públicos no município – o que suscitou a desculpa para essas não honrassem seus compromissos com os funcionários -, por conta do descumprimento de uma cláusula contratual por parte das prestadoras de serviço, vez que essas empresas estavam recebendo por postos de trabalho, no entanto o contrato estabelece que o pagamento deve ser realizado tendo como base a limpeza do metro quadrado. 

Levantando o pano 

No embalo da conversa com Itaan Arruda, Bocolom ainda suscitou práticas ilegais na administração da ex-prefeita Socorro Neri (PSB): “Se houve roubo lá atrás, eles vão responder na justiça. Nós iremos encaminhar todos esses contratos aos órgãos de controle para investigação”.

Tomou doril

Bocalom afirmou, ainda, que existia muita coisa “errada” na gestão da ex-prefeita Socorro Neri e citou, inclusive, o sumiço de aparelhos de ar-condicionado e nobreaks na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Sherlock Holmes 

“Sumiu esses equipamentos no ano passado e foi feito um Boletim de Ocorrência. Está sendo investigado por uma sindicância que foi aberta, mas que não estava andando. Somente agora, que está andando pela minha gestão. Teve muita coisa errada, ela podia até não saber [Socorro Neri], mas não dá para deixar do jeito que estava. Tem muita coisa errada e iremos mostrar isso tudo isso na hora certa”, afirmou.

Mais do mesmo 

Ainda sobre o imbróglio, o líder do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Daniel Zen, falou a respeito da ação policial na sessão de ontem. O parlamentar disse que os trabalhadores que protestavam de maneira pacífica e legítima receberam “tiro, porrada e bomba”. 

Sútil diferença 

“É essa a resposta que a prefeitura de Rio Branco resolveu dar aos trabalhadores que estão com seus salários atrasados há dois meses. Nos nossos governos, tínhamos sempre uma equipe civil de resolução de conflitos que era acionada antes da polícia. Agora, resolveram agredir o trabalhador. Isso é falta de responsabilidade e compromisso com as coisas públicas e com as pessoas”, disse.

Outro tema 

Daniel Zen também falou sobre ação de Agentes da delegacia especializada no combate à corrupção (Deccor) que cumpriram mandados de busca e apreensão na Secretaria de Educação na última sexta-feira (12). A ação tem como alvo a compra de cestas básicas supostamente superfaturadas no período da pandemia de Covid-19, em 2020.

Enigma 

“Esses sacolões foram distribuídos somente uma vez no ano passado e eu preciso saber o que está sendo feito com esses recursos que foram destinados à alimentação escolar. Não posso dizer que a culpa é do secretário de Educação ou do governador, mas preciso saber o que estão fazendo para coibir esse tipo de prática que está acontecendo debaixo das barbas deles”, complementou.

Crueldade 

No mesmo diapasão, o deputado comunista Edvaldo Magalhães abordou a desastrada abordagem da brigada militar aos garis e margaridas: “As imagens são chocantes, e quem assiste, por mais desalmado que seja, percebe a covardia. O que os trabalhadores faziam? Ocuparam o gabinete do prefeito? Não. Estavam na frente do seu local de trabalho pedindo para não continuar passando fome. Dois meses sem receber. Esses profissionais que estavam se manifestando são os que trabalham sob chuva ou sol escaldante, é gente humilde que ganha um salário mínimo”, lamentou.


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Manifesto 

Um grupo de advogados e juristas entregou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, uma carta em que centenas de personalidades pedem que a Corte julgue a suspeição de Sergio Moro no caso do tríplex. O texto foi assinado por artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Wagner Moura e Zeca Pagodinho, e por políticos como Ciro Gomes, Rodrigo Maia e Eduardo Paes.

Pauta 

Na reunião realizada de forma virtual na data de ontem, terça (16), os juristas manifestaram solidariedade contra os ataques que o STF vem sofrendo e pediram atenção para a segurança jurídica das decisões do tribunal. No encontro foram discutidos também temas institucionais -alguns deles relacionados ao cancelamento das condenações de Lula. O caso está sendo discutido na 2ª Turma do STF. Mas o ministro Edson Fachin quer levá-lo ao plenário.

Convivas 

Eles mostraram preocupação, por exemplo, com um julgamento dúplice, isto é, quando um caso é julgado na Turma e depois pode ser levado ao plenário sem que haja recurso especifico para tal. Do encontro participaram os juristas José Eduardo Cardozo, Marco Aurelio de Carvalho, Lenio Streck, Antonio Mariz, Dora Cavalcanti, Carol Proner, Fabio Tofic, Alberto Toron, Mauro Menezes, Gabriela Araújo, Ney Juvelino Strozake, Geraldo Prado e Juliano Breda.

Suprapartidário 

Sete ex-ministros da Justiça, dos governos FHC, Lula, Dilma e Temer, também pedem que o ex-juiz seja julgado. Assinaram o texto José Carlos Dias, José Gregori, Eugênio Aragão, Renan Calheiros, José Eduardo Cardoso, Torquato Jardim e Tarso Genro. O ex-presidente José Sarney enviou carta de apoio.

Queimando na largada

Os primeiros movimentos de Marcelo Queiroga decepcionaram parlamentares, governadores, gestores da área de saúde e a comunidade científica. Foram lentos e tímidos, indicando que a estratégia de Jair Bolsonaro de, agora, evocar a vacina para continuar contra o confinamento será mantida. Sem lockdowns, será difícil interromper o contágio e, na prática, muita gente ainda vai morrer de covid-19 no País. “Se continuarmos nessa política, vamos ficar contando mortos. A vacinação está lentíssima”, afirma a epidemiologista Ethel Maciel.

Lentidão

Segundo Ethel, é difícil fazer previsões porque o calendário de vacinação perdeu a credibilidade. O ideal era o País estar vacinando 2 milhões de pessoas por dia até outubro.

Realidade

Considerando que tudo dê certo, possivelmente haverá imunidade de rebanho em dezembro. Na outra ponta, se confirmadas as previsões de média diária de 3 mil mortos por dia, a carnificina baterá números ainda mais macabros até o fim do ano.

Fogo

A manifestação de Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara, cobrando agilidade de Queiroga, foi interpretada como sinal de que a batata de Bolsonaro poderá assar se resultados não aparecerem.

De olho…

Senadores que defendem a CPI da Covid-19 avaliam que a mudança de comando na Saúde dá um respiro a Rodrigo Pacheco (DEM-MG), até agora contrário à investigação.

…aberto

Porém, o novo ministro Marcelo Queiroga terá de mostrar resultados rápidos, pois a pressão pela comissão de investigação não morreu, apenas deu uma arrefecida, dizem.

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