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Jamaxi

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A disputa eleitoral do ano vindouro já começa a ganhar contornos. Hoje, 23, o PP consulta seu corpo diretivo municipal para definir o nome do partido que irá às urnas representando a sigla na disputa pela prefeitura da capital, escolhendo entre o atual prefeito Tião Bocalom e o secretário de governo Alysson Bestene.

Fé cega

Independentemente da decisão da executiva municipal, de antemão, o prefeito Tião Bocalom garante que, por exercer o cargo, e usufruir da condição de candidato natural, será ele que irá as urnas mirando a reeleição. Bocalom recorre ao jargão futebolístico para ilustrar a situação: “o jogo será decido aos 44 minutos do segundo tempo. Decisão definitiva só ano que vem, inclusive escutada a executiva nacional do PP, a quem caberá a chancela da candidatura ”.

Decisão tomada

Em outro polo, o MDB já tem seu nome definido: o ex-prefeito Marcus Alexandre. Alexandre já está em campo fazendo costuras políticas e revela que somente após rodadas de conversas com pretensos aliados é que irá definir o nome do vice que comporá sua chapa.

Jogo

Em outra ponta, o médico infectologista e ex-deputado estadual Jenilson Leite (PSB) não descarta em ser candidato a prefeito de Rio Branco. Na última quinta-feira, Jenilson se reuniu com membros da Rede Sustentabilidade e correligionários na sede de seu partido para conversar sobre prováveis alianças visando as eleições de 2024.

Maturação

No encontro, Jenilson lembrou que obteve 35.680 votos (18,89%) na capital na campanha para senador no ano passado, desempenho que o credencia para o campo majoritário. “Vou a Brasília e depois de conversar com a direção do PSB poderemos pôr nosso nome para apreciação do eleitor rio-branquense”.

Aspirações

E segue: “Temos o desejo de disputar a prefeitura e se ganhar fazer de tudo para melhorar a nossa capital, fazer ruas, recapear avenidas e modernizar os espaços de cultura e lazer para as famílias rio-branquenses. Saúde e educação serão prioridades. Estamos fazendo conversas internas e nacionalmente”, revela o ex-deputado estadual.

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Vísceras

Em decisão recente, o Palácio Rio Branco, para realinhar as finanças do estado, determinou um corte vertical de 30% de todos os entes que dependem de repasses da fazenda estadual. O gasto com mão de obra terceirizada foi identificado como um dos vilões que sobrecarregam as despesas do executivo. Pois bem! Um áudio que circula nas redes sociais pode revelar muitas coisas. Mostra bastidores. Nele protagoniza o deputado Manoel Moraes (PP), líder do governo da Assembléia Legislativa.

O dono do pedaço

No citado áudio, Manoel Moraes, deixa patenteado que a ferramenta é objeto de uso político para a contratação de prestadores de serviços para o governo do Estado. Essas contratações, pelo o que se ouve, são verdadeiras montagens de currais eleitorais, às custas do dinheiro público. Moraes, com todas as letras, diz que as contratações de terceirizados para a OCA de Xapuri devem passar pelo seu crivo. Na conversa que protagoniza nas redes sociais, o líder de Gladson Cameli bravateia para alguém não identificado: “Quem manda aqui é o deputado Manoel Moraes”.

Enquadramento

Moraes, também, ameaçou o responsável pela empresa que recruta terceirizados para o governo em Xapuri: “Você se cuide, porque eu vou pegar outra firma de São Paulo ou de Manaus. Vamos colocar para administrar isso aqui”. O vazamento do áudio chegou ao grupo formando por deputados estaduais. Internamente, Moraes assumiu ser o autor do áudio. “Eu estava em minha terra, quando chegou a chefe da OCA de Xapuri chorando, dizendo que o dono da terceirizada tinha dito absurdos”, declarou em sua defesa.

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Incrédulo

Mesmo com todos os indícios de que era um dos alvos de delação de Mauro Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resistia em acreditar que o ex-subordinado teria relatado fatos que o comprometessem ainda mais com a Justiça.

Choque de realidade

Esse sentimento acabou nesta quinta-feira, após a imprensa revelar que Cid detalhou em seu acordo uma reunião entre o ex-presidente e a cúpula militar para discutir uma minuta de golpe. Os advogados de Bolsonaro viajaram às pressas de São Paulo para Brasília e se reuniram com o ex-presidente para debater a estratégia de defesa.

Dourando a pílula

Até então, a informação que interlocutores do ex-ajudante de ordens vinham dando a emissários de Bolsonaro é de que ele não tinha sido envolvido nos relatos diretamente e que “nada de novo” havia sido apresentado. O ex-presidente mostrava acreditar nessa versão.

Novos ventos

Desde sexta feira, 22, porém, a defesa de Bolsonaro passou a trabalhar com um cenário diferente. Na avaliação de auxiliares do ex-presidente, Cid aproximou Bolsonaro da Marinha e ambos devem atuar na mesma linha de defesa. Na delação, Cid relatou que o ex-chefe da Força, o almirante Almir Garnier, mostrou disposição em aderir ao golpe.

Postura

A estratégia, por ora, é tentar trazer mais militares para o lado do ex-presidente na busca de esvaziar o relato de Cid de outras corroborações e deixá-lo isolado.

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Tensão

A ameaça da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) de enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF) e obstruir votações no Congresso enquanto o marco temporal das terras indígenas não for aprovado no Senado conta agora com o apoio das bancadas evangélica e da bala. A aliança entre as três frentes provoca tensão entre os Poderes e preocupa o Palácio do Planalto.

União de forças

O movimento que conta com apoio da maioria dos partidos do Centrão e pode unir mais da metade do Congresso contra o Supremo foi iniciado nesta quinta-feira, 21, depois que a Corte considerou inconstitucional o marco temporal das terras indígenas. Mas as articulações políticas abrangem outras pautas que opõem conservadores ao STF, como a descriminalização do aborto e do porte de drogas.

Pajelança

Dirigentes da FPA e das frentes parlamentares evangélica e da segurança pública vão se reunir na próxima semana, em Brasília, para definir uma estratégia conjunta. A ideia é pressionar o Senado a aprovar o marco temporal das terras indígenas e dar um “ultimato” ao Supremo.

Efeitos colaterais

A união de deputados e senadores tem potencial para prejudicar votações de temas prioritários para o governo Lula. Na lista estão a reforma tributária, novas regras de cobrança de impostos para fundos exclusivos e offshores e até a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Pintados pra guerra

“Nós vamos usar todos os instrumentos regimentais para obstruir as votações na Câmara e no Senado, com o objetivo de garantir o direito à propriedade”, disse o deputado Pedro Lupion (PP-PR), foto, presidente da FPA. O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), afirmou que o Congresso não pode ficar de braços cruzados diante do protagonismo observado do outro lado da Praça dos Três Poderes.

Estopim

“O Supremo atropela o Poder Legislativo e tenta implantar uma ditadura da toga. Não podemos aceitar isso”, reagiu Câmara, numa referência ao voto da presidente do STF, Rosa Weber, favorável à descriminalização do aborto nas 12 primeiras semanas de gestação. A ação que trata do aborto começou a ser analisada na Corte pelo sistema eletrônico de votação, mas o ministro Luís Roberto Barroso – que assumirá a presidência da Corte no próximo dia 28, com a aposentadoria de Weber – transferiu o julgamento para o plenário físico. Não foi fixado prazo para a retomada do tema.

Polêmica

O STF também interrompeu, no último dia 25/08, o julgamento que vai decidir se o porte de maconha para uso pessoal é crime e trata da fixação de critérios para diferenciar o traficante do usuário de droga. O ministro André Mendonça pediu vista do processo, o que significa mais tempo para análise.

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