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A ex-ministra do Meio Ambiente, a acreana Marina Silva (Rede), descartou a possibilidade de ser vice na chapa do ex-prefeito Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo. Ela alegou que sua causa é a defesa da Amazônia e, por isso, precisa ser eleita deputada federal para atuar na Câmara.

Justificativas 

Haddad revelou que Marina declinou do convite na segunda-feira, quando o ex-prefeito a visitou em sua casa, em São Paulo. “Ela (Marina) me agradeceu muito a sondagem, mas falou ‘pela Amazônia, acho que o meu lugar é Brasília’. Disse com todas as letras que o lugar dela é Brasília. E nós vamos lutar pela sua eleição como deputada federal”, disse Haddad, que teve agenda nesta terça-feira na Baixada Santista ao lado Geraldo Alckmin, candidato a vice na chapa de Lula, e de Márcio França, candidato ao Senado.

Compreensão 

O candidato do PT a governador ainda acrescentou: “O nome da Marina agradava por ser uma mulher, negra e ambientalista. Agora, estou considerando todos os nomes que foram apresentados. Eu quero que a Marina esteja num lugar onde ela possa dar mais amplitude às causas que defende”.

Escalação 

A principal cotada para a vaga de vice é a médica Marianne Pinotti (PSB), que foi secretária da Pessoa com Deficiência na gestão Haddad na prefeitura de São Paulo. No último fim de semana, Haddad recebeu o apoio da federação formada pela Rede e pelo PSOL. Foi acertado que o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, será o primeiro suplente de senador.

Análise

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode assinar, nos próximos dias, a carta em defesa da democracia divulgada na semana passada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O tópico tem sido discutido pelo comando da campanha do ex-presidente, que até agora não quis aderir ao manifesto para não partidarizar o debate, segundo tem dito a aliados.

Chancela 

O fato de candidatos à Presidência de outros partidos terem assinado a carta fez com que nomes próximos a Lula passassem a defender a ideia de que o ex-presidente também subscreva o texto. Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e Luiz Felipe d’Avila (Novo) assinaram o manifesto que foi idealizado por juristas e ganhou força após a adesão de empresários, artistas e outras personalidades.

Amplitude 

Nesta semana, o candidato a vice na chapa com Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), também assinou. Outros petistas são signatários da carta, como o deputado federal e coordenador de comunicação da campanha do ex-presidente, Rui Falcão.

Interpretação 

A avaliação inicial dos aliados de Lula era de que qualquer aproximação do ex-presidente com o movimento poderia fazer com que o ato programado para o dia 11 de agosto fosse considerado partidário e favorável ao PT. Lula parabenizou os organizadores da iniciativa publicamente, mas não assinou a carta até o momento. Para os petistas, quanto menor a identificação do evento com o ex-presidente, maiores as chances de haver uma ampla mobilização da sociedade — o que, por si só, é considerado vantajoso para a campanha do PT.

Novo teto 

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/21, que aumenta o teto de faturamento anual de enquadramento do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 81 mil para R$ 144.913,41. O valor considera a inflação oficial (IPCA) acumulada de dezembro de 2006 a março 2022.

Trâmite 

O PLP foi aprovado no final de junho na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados, mas ainda falta ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e, depois, votado no Plenário da Câmara. Após aprovação, o novo valor passará a vigorar a partir de 2023 e será atualizado anualmente pela inflação. 

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Crime premeditado 

Órgãos de inteligência estão investigando uma suspeita de ataques ao 7 de setembro com viés golpista – e o intuito de criar um factoide político para mudar o curso da eleição de 2022 – envolvendo grupo radicais de direita. O ato criminoso seria realizado para ferir os próprios bolsonaristas, gerar pânico na sociedade e, em seguida, colocar a culpa na esquerda. 

Revelação 

A suspeita foi confirmada por dois oficiais desses órgãos de inteligência à um jornalista da revista Veja, com longo serviço prestado ao país, mas sem nenhum viés ideológico. Apesar de ser um plano transloucado e difícil de organizar, não seria a primeira vez que isso acontece na história do Brasil. 

Remember 

Para relembrar, em 1981, organizado por setores radicais do Exército e da Polícia Militar do Rio para incriminar grupos de esquerda que faziam oposição à ditadura, regime que, naquela época, amordaçava e sufocava a democracia no país há 17 anos, foi perpetrado o atentado do Riocentro, durante uma festa promovida em alusão ao dia do trabalhador. 

Bazófia 

Para melhor entendimento da conjuntura, no ano de 1981, a direita começava a perder força e a ditadura, o apoio popular, à medida que a mentira contada em março de 1964 – aquela de que os militares estavam salvando o país do comunismo – ficava cada vez mais inverossímil. 

Características 

Diferente do caso Riocentro, em nenhum momento, contudo, as fontes desta informação – relacionada à suposta conspiração em curso no Brasil em pleno 2022 – citaram o envolvimento de setores do Exército ou da Polícia Militar, que agiram, há mais de 40 anos, como órgãos terroristas. 

Pano de fundo 

Vale ressaltar que a preocupação dos oficiais é exatamente o contrário: que o atentado ocorra justamente contra militares no 7 de Setembro, ou atingindo grandes aglomerações, ampliando uma narrativa falaciosa que demoniza a volta do PT ao poder.

Vigilância máxima 

Resta constatar que, enquanto investigações da Polícia Federal se voltam para eventuais ataques contra magistrados e o líder da esquerda – uma preocupação legítima após o assassinato de um dirigente petista em Foz do Iguaçu por um bolsonarista – é preciso ficar atento a outro tipo de violência ligada à direita. Ou a qualquer linha ideológica extremista.

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