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Debate

Debate

Ontem, domingo, 18, a TV Rio Branco, repetidora da TV Cultura no Acre, realizou o primeiro debate entre os candidatos ao governo do estado. Presentes o governador Gladson Cameli (PP), que busca a reeleição, o ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT); o ex-senador Sérgio Petecão (PSD); a deputada federal Mara Rocha (MDB); o senador Márcio Bittar (UB) e o professor universitário Nilson Euclides (PSol). 

Tática 

A tônica do debato foram as críticas ao governo e ao governador Gladson Cameli (PP), que ficou isolado e sem rebater com firmeza as críticas deitadas contra sua administração. Na maioria das vezes, diante dos questionamentos que miravam sua gestão, Cameli desviava o foco, apresentando números que remetem ao seu governo. 

Artilharia 

Os dois primeiros blocos do debate tiveram como marca as críticas dos demais candidatos a administração de Gladson Cameli. Como estratégia, as perguntas feitas de um candidato para outro, como no caso de Mara Rocha (MDB) para Sérgio Petecão (PSD), suscitavam oportunidade para uma resposta crítica ao governo de Gladson. Foi assim durante todo o debate. 

Acreanismo 

A presença maciça de empresas amazonenses como prestadoras de serviços ao governo do estado foi uma das principais críticas à administração de Cameli. A candidata Mara Rocha (MDB), por exemplo, disse que em eventual governo sob sua direção, “os empresários acreanos serão prioridade”, salientando que o Acre não será “colônia do Amazonas”. Em suas falas, Mara deixou claro sua posição em priorizar as empresas acreanas. “No nosso governo, vamos priorizar os empresários acreanos. Não vamos aceitar ser colônia do Amazonas”, cravou.

Corrente 

Endossando o discurso de Mara Rocha, Sérgio Petecão (PSD) afirmou: “quando eles montaram esse cartel que tomou de conta do nosso estado, isso trouxe prejuízos incalculáveis para a nossa população. Esse pessoal do Amazonas, que participa desse ‘esquemão’, não terá vez no meu governo”. 

Remember 

Petecão também fez menções a “Operação Ptolomeu”, da Polícia Federal, que investiga supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por membros ligados ao governo do Acre, que apontam para o desvio de R$ 828 milhões de reais, conforme sustenta inquérito da Polícia Federal. Para relembrar, no final de 2021 a dita operação atingiu assessores graduados do governador e ao próprio governador, com buscas realizadas em órgãos públicos e residências. 

Paternidade 

O senador Marcio Bittar, de forma branda, também questionou Gladson Cameli a respeito da falta de mais publicidade sobre os investimentos feitos pelo presidente Bolsonaro no Acre e disse que os recursos referentes ao bônus dados à Educação em dezembro de 2021, são oriundos do novo Fundeb. “Esse recurso é do Fundeb. Não faltou explicar um pouco mais as ações do presidente?”, questionou Bittar ao dirigir a palavra à Cameli.

Princípios 

Em resposta a Bittar, Gladson Cameli pontuou que sempre cita Bolsonaro em suas falas.. “Eu, em todas as minhas falas, sou grato ao presidente da república. Gratidão pra mim é o que sempre preservo. Eu vou reiterar, você não governa só. Você governa com o apoio dos deputados estaduais, federais, senadores e o governo federal”.

Grupos 

Em sua intervenção, Nilson Euclides (PSol) questionou o candidato petista Jorge Viana sobre o modelo de governança para 2023. Euclides relembrou que durante sua pesquisa de doutorado, que teve como objeto os governos do PT no Acre, identificou um processo de “oligarquização” dentro do governo, com concentração de poder - tanto no governo quanto nos partidos que compunham a extinta FPA.

Pluralidade 

Em uma resposta urbana, sem ter Euclides como alvo, Jorge Viana ponderou: “Eu sempre fui plural. Quero dizer para você que pretendo voltar ao governo do Acre porque não aceito ver o meu estado e o povo acreano estar passando o que está passando (...). Nós vamos criar o maior programa de geração de emprego e obras públicas da história do Acre. A política vai nos permitir fazer isso. O nosso propósito é fazer um governo melhor do que nós fizemos”. 

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Adjunto

A menos de duas semanas para o início das eleições, a campanha do ex-presidente Lula (PT) concentra esforços em conquistar o apoio de quadros históricos do PSDB à candidatura petista, informa Bela Megale, do jornal O Globo. O objetivo é conseguir o apoio de lideranças tucanas para a vitória no primeiro turno sobre Jair Bolsonaro (PL). Com a aliança, espera-se que o eleitorado de centro adote o voto útil em Lula.

Saindo na frente 

O ex-senador e ex-ministro tucano Aloysio Nunes foi o único por enquanto a declarar voto em Lula no primeiro turno. “O esforço vem sendo feito para que nomes ligados ao partido, especialmente na área de direitos humanos e justiça, também se posicionem o quanto antes”, relata a jornalista.

Receptividade 

Candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), ex-tucano, trabalha para conseguir o apoio de seus antigos colegas de partido. Um deles é José Gregori, ex-secretário nacional de Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso. “Sou muito amigo e companheiro de lutas do Alckmin. Ele tem um passado respeitável e não toma decisões frívolas. Alckmin fez uma mudança violenta no seu translado. Não atravessou uma rua, atravessou várias avenidas, porque sentiu o que muita gente da nossa geração sente, que a democracia precisa ser cuidada de outra maneira que não essa que o presidente atual tem feito”, diz Gregori.

Exclusão

Sobre o voto em Lula, ele afirma que ainda não se decidiu. “Por esse caminho (de reeleger Bolsonaro) nós não devemos ir. Agora, o caminho pelo qual devemos ir ainda é uma coisa a ser construída. Eu tinha um candidato que era o João Doria, mas ele não está mais na disputa. Faltam duas semanas para as eleições. Eu, com meus 91 anos, já vi pleitos serem definidos três dias antes”. Gregori afirma que tomará sua decisão até cinco dias antes do primeiro turno.

Voz de comando 

Outra figura que tem sido procurada é José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça do governo FHC e atual presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Evaristo Arns. Ele diz que o cargo que ocupa o impede de declarar seu voto. Para os aliados de Lula, o “cenário ideal” seria uma declaração de apoio por parte de Fernando Henrique Cardoso, do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) e de José Serra (PSDB-SP). Todavia, a avaliação é de que uma eventual aliança só se dará no segundo turno.

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