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Colheita

Colheita

O prefeito Tião Bocalom (PP) no seu terceiro ano de mandato, vem colhendo os frutos das sementes que foram plantadas lá atrás. Pesquisa realizada recentemente pelo jornal Valor Econômico revela que Rio Branco tem a segunda passagem de ônibus mais barata entre as capitais das unidades federadas, com uma tarifa de R$ 3,50. A capital do Acre só perde para Maceió, capital de Alagoas, que tem uma tarifa de R$ 3,35.

Ação meritória 

Para quem não lembra, ainda em 18 de outubro de 2021, Bocalom sancionou o decreto nº 1438, em evento muito prestigiado, que teve lugar no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), onde resta determinada a redução da tarifa de ônibus na capital acreana de R$ 4,00 para R$ 3,50. 

Comparativos 

Para efeito comparativo, no Brasil, atitude idêntica só ocorreu em Maceió, cidade hoje governada por João Henrique Caldas (PSB), onde antes de 2021 os munícipes da capital alagoana pagavam R$ 3,65 no percurso, sendo reduzido para R$ 3,35. Para idéia do avanço impetrado por Bocalom e Caldas, Porto Velho (RO) e Florianópolis (SC), têm as tarifas mais caras: R$ 6,00. Brasília e Curitiba aparecem na sequência com R$ 5,50.

Fatiando o gorila 

A época da assinatura do decreto, confrontado sobre a política do transporte público urbano, Bocolom foi sucinto: “Estamos reduzindo no primeiro momento a passagem. Vamos correr atrás para melhorar a frota, porque, os ônibus são velhos e precisamos botar ônibus circulando na hora certa. Tudo isso iremos melhorar ao longo do tempo, tenho ainda três anos de mandato e nós vamos melhorar muito a sua situação. No final do nosso mandato tudo isso vai está acontecendo”, ressaltou. 

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Dura lex, sed lex 

A lei está aí para ser cumprida e vamos cumprir. Essa é a mantra dos operadores do direito. Pois bem! O deputado federa eleito Ulysses Araújo (UB), bolsonarista confesso e assumido, causou controvérsias nas redes sociais ao anunciar que alocou no orçamento deste ano, portanto no governo de Lula, o empenho de uma emenda no valor de R$ 3 milhões para conservação e melhorias de ramais em Senador Guiomard. 

Simples assim 

Ancorados na condição de adversário político exercida pelo parlamentar ao governo federal, internautas questionavam a contradição. Ocorre que as regras vigentes não determinam que para alocar tal tipo de emenda o parlamentar deva se perfilar ao governo de plantão. A lógica é simples: o governo é da nação, o mandato é transitório e aos parlamentares federais, em qualquer data ou circunstância política, a lei aufere esse direito. 

Questão legal 

Para quem questionava eventual contradição, Ulysses foi didático: “essa prerrogativa é da lei. Foi destinada a todos os deputados federais eleitos a possibilidade de destinar esse valor, de RP2 [código da emenda - própria], e eu, com a minha equipe, consegui empenhar e contratar, junto à Caixa Econômica Federal, esse valor. Corri com minha equipe e fiz a minha parte”, justifica. 

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Mundo paralelo

A tragédia humanitária que assola indígenas nos territórios ianomâmis em Roraima, que levou o presidente Lula a declarar emergência de saúde pública na região, tem sido desprezada em boa parte dos grupos bolsonaristas após o ex-presidente Jair Bolsonaro classificar a crise como uma “farsa” da esquerda.

Sentindo o golpe

Se por um lado imagens de indígenas em situação de desnutrição e fome chocaram o país, chats no WhatsApp, Telegram e Signal apelaram para narrativas delirantes na tentativa de explicar a crise sanitária e, ao mesmo tempo, blindar Jair Bolsonaro da responsabilidade sobre a crise sanitária na região. A rapidez na tentativa de encontrar um bode expiatório parece sinalizar que a gravidade da situação em Roraima preocupou o bolsonarismo.

Teorias

“Não é possível que isso tudo ocorreu só nesses quatro anos”, argumentou um apoiador em referência ao período em que Bolsonaro presidiu o Brasil. “Por que estão mostrando esse negócio dos ianomâmis agora? O que estão tentando esconder? O que fizeram com o Serere?”, indagou outra apoiadora de Bolsonaro em referência a José Acacio Serere Xavante, cacique e pastor bolsonarista sem relação com os ianomâmis e que foi preso em dezembro por determinação do STF após incitar o uso de armas para impedir a posse de Lula.

Válvula 

Outro expediente utilizado foi o de que indígenas em situação de fome eram oriundos da Venezuela - o que não corresponde à realidade, como mostra a imprensa nacional. A pecha de “vítimas do comunismo”, em referência ao regime de Nicolás Maduro, colou entre os bolsonaristas. Uma nota pública divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) na noite de ontem, segunda-feira, 23, no entanto, reforça que a situação encontrada nas terras ianomâmis são resultado da “omissão” do Estado brasileiro durante o governo de Jair Bolsonaro.

Cortina de fumaça 

A tese de que organizações não governamentais se apropriam de recursos escusos na Amazônia foi largamente fomentada por Bolsonaro ao longo de seu mandato para criar uma cortina de fumaça em torno do desmatamento galopante e das denúncias de tribos indígenas sobre o avanço do garimpo ilegal e das ameaças a lideranças de diferentes povos.

Tarefa hercúlea 

Na mesma toada conspiratória, Bolsonaro chegou a acusar o ator hollywoodiano e ativista climático Leonardo DiCaprio de promover incêndios criminosos no principal bioma brasileiro. Diante da pilha de evidências do descaso com os povos originários no seu período à frente da presidência, será difícil eleger um espantalho convincente. 

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Vai que cola

Banqueiros reagiram com revolta à nota dos bilionários Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles acerca do rombo bilionário encontrado na Americanas. Na nota, divulgada na noite de domingo (23), o trio, que forma o 3G Capital, lamenta “profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos”.

Má fé 

Banqueiros ouvidos pelo Neofeed (plataforma online voltada para empreendedorismo, inovação, transformação digital, startups e negócios) dizem que o clima nas instituições financeiras é de guerra contra os três bilionários. “Eles se dizem vítimas no comunicado. Isso não existe, os três são profissionais. Não viram nada por mais de uma década? É fraude, é crime, não tem discussão”.

Panorama 

Em pedido de recuperação judicial, a varejista declarou dívida de R$ 43 bilhões. A empresa tem empréstimos com as maiores instituições financeiras do país: Bradesco (R$ 4,7 bilhões), Santander (R$ 3,7 bilhões), Itaú (R$ 3,4 bilhões), Safra (2,4 bilhões), BTG (R$ 1,9 bilhão) e Banco do Brasil (R$ 1,3 bilhão). Estes são os maiores credores.

Tô nem aí!

O que tem causado mais indignação entre os bancos é que, até o momento, Lemann, Telles e Sicupira, donos de uma fortuna de R$ 185 bilhões, ainda não se pronunciaram sobre uma eventual injeção de capital próprio para salvar a companhia. “No mercado, a conversa que tem circulado é a de que até quarta-feira, 25 de janeiro, os três acionistas de referência apresentarão uma proposta do que pretendem fazer”. “Não se trata de uma dificuldade da empresa. É fraude. Querem uma RJ [recuperação judicial] e um haircut de 80%? De jeito nenhum. Vamos partir para a briga e vamos para cima dos três na pessoa física”, promete um banqueiro. 

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