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Jamaxi

Casamento moderno

Casamento moderno

Sabe aquele tipo de matrimônio onde o casal mora em casas separadas? Pois assim está deixando transparecer a relação do ex-prefeito Marcus Alexandre (sem partido) com o PT, a sigla que lhe abrigava até recentemente.

Recaída

Dias atrás, Alexandre tirou da foto do seu perfil no facebook uma imagem onde aparecia com uma estrela do Pt estampada ao fundo do cenário. No último sábado, 27, na posse do novo presidente do diretório regional do PT, o ex-deputado Daniel Zen, este afirmou que “tudo indica” que Marcus Alexandre será o candidato a prefeito do partido, mesmo que ele se filie em outra sigla.

Noiva cobiçada

O ex-prefeito se desligou do PT em dezembro de 2022, após mais de uma década de filiação. A partir de então, diante dos bons índices apresentados em diversas pesquisas encomendadas por outros partidos para consumo interno, aferindo a corrida para a sucessão de Tião Bocalom (PP), Alexandre passou a ser assediado por lideranças de outras siglas. Diversos dirigentes partidários já o procuraram. MDB e PSD estão entre os mais eufóricos na perspectiva de receber a filiação do ex-prefeito, que tem preferido não dar declarações sobre seu futuro.

Simpatia é quase amor

Quando foi indagado sobre o apoio do PT a Marcus Alexandre na disputada do paço municipal rio-branquense em 2024, Zen foi sucinto e incisivo: “Tudo indica que sim. Os diálogos e as conversas estão sendo nesse sentido. Como presidente do partido eu devo dizer que tão logo ele esteja desimpedido pelas questões institucionais junto ao Tribunal Regional Eleitoral, que ele esteja conosco aqui, seja candidato com nosso apoio. Eu já disse que a saída de um companheiro de valor, como o Marcus, pra mim de forma alguma representa uma traição, uma quebra, um rompimento da admiração que a gente tem por ele. Se a decisão dele for por uma filiação em outro partido, nós vamos continuar conversando com toda certeza”, declarou Zen.

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Apertando o torniquete

A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) serão os primeiros órgãos públicos do governo federal a integrar um projeto piloto da CGU (Controladoria Geral da União) para desenvolver sistemas de integridade que visam a coibir desvios de recursos da fazenda nacional.

Feudos

Esses 2 órgãos públicos são tradicionais redutos do Centrão, em especial no caso da Codevasf. Há riscos políticos nessa operação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista depende da boa-vontade de partidos do Centrão, que agora podem ter a atuação de seus indicados escrutinada na Codevasf e no FNDE. O programa da CGU será lançado amanhã, terça- feira, 30, e pode provocar desconforto entre deputados e senadores. Na prática, o objetivo da controladoria é fortalecer institucionalmente empresas estatais e autarquias do governo federal para evitar o mau uso de dinheiro público.

Chocadeira

Comandado pelo Centrão e alvo de desavenças entre o União Brasil e a atual gestão de Lula, a Codevasf mais do que duplicou os recursos para obras durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL). A empresa estatal foi um dos principais destinos das emendas de relator no governo passado.

Caixa preta

Essas emendas foram alvo de disputas entre o governo Bolsonaro e a oposição pela baixa transparência em sua execução. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu extingui-las em dezembro de 2022.

Ramificações

A Codevasf, empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, foi criada em 1974. Ao longo dos anos, teve seu território de atuação estendido. Chegou até ao Amapá a partir de abril de 2021, por meio da Lei 14.503/2020, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Já o FNDE, responsável por ações de transferência de dinheiro para obras educacionais em municípios, foi investigado, em 2022, pela atuação irregular de pastores junto ao órgão. Em março do ano passado, o Ministério Público Federal iniciou a apuração de suposta prática do crime de tráfico de influência. O caso está parado no STF.

Fisiologismo

O FNDE também teve cargos distribuídos a partidos do Centrão durante o governo Bolsonaro. Em 2019, a CGU mostrou que um edital para a compra de 1,3 milhão de computadores, envolvendo cerca de R$ 3 bilhões, estava sendo direcionado. O edital foi cancelado, mas a investigação sobre o caso foi arquivada.

Estratégia

O novo programa levará técnicos da CGU para atuarem diretamente com a Codevasf e o FNDE. Depois de um diagnóstico sobre os atuais controles da estatal e do fundo, serão propostos sistemas para receber acusações e conter riscos de irregularidades. A adoção será monitorada pela controladoria.

Risco político

A Codevasf mais do que duplicou suas verbas durante o governo de Jair Bolsonaro para acomodar obras de interesse de congressistas do Centrão. As emendas de deputados e senadores fizeram a empresa passar de R$ 1,3 bilhão em empenhos em 2018 para R$ 3,3 bilhões em 2022. Necessitando de apoio no Congresso, Lula mantém a trajetória de ampliação da empresa. Publicou em abril portaria aumentando em 20% o quadro de funcionários, para 2.107 contratados. Haverá mais acomodação de indicados na companhia, que deve continuar a crescer.

Sob velha direção

O comando do órgão está a cargo de Marcelo Andrade Moreira Pinto. O engenheiro foi indicado para o cargo pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), em 2019, ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No início do ano, Lula tentou trocar a chefia da empresa, mas enfrentou forte resistência do Centrão, com anuência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e teve que ceder à ameaça de ver o União Brasil migrar para a oposição.

Corda bamba

Em março de 2023, o governo ampliou espaços do partido em superintendências da Codevasf na Bahia com o intuito de ampliar o apoio da legenda no Congresso. Por um lado, essa expansão faz aumentar a necessidade de um controle mais próximo sobre a empresa, alvo de uma série de acusações de irregularidades. Por outro, mirar a companhia pode atrair oposição dos indicados de deputados e senadores.

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O rei do gatilho

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) afirmou na sexta-feira (26) que atirou cerca de 50 vezes contra os quatro policiais federais que foram cumprir uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro do ano passado. Com informações do g1.

Candura

Durante depoimento na Justiça Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, Jefferson negou que tenha tido a intenção de matar os agentes e que só pretendia “resistir à ordem de prisão”. Segundo o ex-parlamentar, ele mirou apenas na viatura da Polícia Federal (PF). “Eles não tinham colete [à prova de balas], por isso eu tive cuidado. Mirei todos os tiros na viatura”, disse. “Aí eles correram, se abrigaram. E eu só lancei [a granada] depois. Depois eu disparei no para-brisa, na capota, no giroflex. Dei uns 45, 50 tiros”, relatou.

Versão

Jefferson alegou que estava em seu quarto quando viu os policiais chegarem pela câmera de segurança: “Peguei a carabina que fica do lado da minha cama e a bolsa com os três artefatos. Fui pra varanda. Eles disseram que foram me prender e fazer busca na minha casa”. “Eu disse que não ia, que estava sendo perseguido pelo Alexandre de Moraes, e falei pra eles [policiais] saírem de lá. Um policial pulou o portão”, afirmou o ex-parlamentar, acrescentando que mostrou a granada de luz para os agentes ameaçando arremessá-la.

Deboche

O bolsonarista destacou ainda que riu quando uma policial fugiu após o lançamento da primeira granada. “Eles se abrigaram. A última a correr foi a menina. Eu até ri. Ela é igual a minha neta. Cabelinho preso”, disse. A agente atingida teve o ferimento mais grave da equipe atacada, ela foi ferida na perna por um estilhaço do projétil disparado pelo ex-deputado.

Lá vai bala

O ex-presidente do PTB declarou que as granadas de luz e som foram adquiridas após o escândalo do mensalão, em razão de ameaças que alegou ter sofrido. Jefferson disse ainda que colocou pregos em um dos explosivos para se defender. “Depois que eu tive o mandato de deputado federal cassado no escândalo do mensalão, passei a ser muito hostilizado nas ruas, nos aeroportos. Decidi comprar as granadas de luz e som para usar em caso de necessidade”, afirmou.

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