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Braços cruzados

Os médicos que trabalham para a Prefeitura de Rio Branco decidiram deflagrar greve durante assembleia realizada na noite de quinta-feira. Eles exigem a abertura de negociações para a reforma do Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR).

Pré-datado 

A mobilização será iniciada a partir do dia 8 de novembro e terá um tempo de duração de 30 dias. O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) notificará a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e demais órgãos públicos.

Negociação 

“Até o momento não obtivemos retorno da Prefeitura sobre a negociação, então os médicos decidiram dar um prazo para que os gestores possam ter tempo hábil para iniciar a negociação, avaliar a proposta e apresentar alguma contraproposta”, afirmou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.

Mutismo 

Os sindicalistas alegam que aguardam há meses o retorno de uma nova reunião para iniciar as negociações, mas a Semsa se recusa a responder. Com a falta de atualização, pode existir uma decisão de demissão coletiva, deixando dezenas de unidades sem profissionais.

Promessa 

A renovação do PCCR foi uma promessa feita pelo próprio prefeito Tião Bocalom que se reuniu com os membros Sindmed-AC ainda na campanha eleitoral para dialogar com a classe sobre os problemas da saúde no município. 

Subemprego 

Sem atualização, os médicos que trabalham para a Semsa recebem um salário de R$ 1,8 mil, sendo que a remuneração é complementada com gratificações e valores extra. 


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Portas abertas 

O PTB apresentou um convite formal ao presidente Jair Bolsonaro para se filiar à legenda em busca da reeleição ao Palácio do Planalto no ano que vêm, informou o partido ontem, sexta-feira (08).

Formalização 

“Os dirigentes petebistas formularam uma carta a ser enviada ao presidente Bolsonaro, na qual afirmam que o partido está unido, forte, robusto e pronto para recebê-lo, assim como deputados, senadores, líderes estaduais e municipais que queiram ingressar no PTB“, disse o partido em nota oficial assinada pelo presidente da legenda, o ex-deputado Roberto Jefferson, que é aliado de Bolsonaro.

Cárcere 

Jefferson foi preso em 13 de agosto, por determinação do Supremo Tribunal Federa (STF), acusado de realizar ataques pela internet a instituições democráticas no âmbito de inquérito que investiga as chamadas milícias digitais. Atualmente ele se encontra hospitalizado.

Honraria 

“O PTB está unido, forte, robusto, pronto para encarar os desafios vindouros. A garra dos petebistas, a união de ideias e a lealdade seguirão ombro a ombro com vossa excelência nas trincheiras eleitorais para a sua recondução honrosa ao Palácio do Planalto“, acrescentou o partido.

Rumos trocados 

Bolsonaro se elegeu presidente em 2018 pelo PSL, mas deixou a legenda no final de 2019 por disputas e internas e tinha o objetivo de fundar um novo partido, o que acabou não saindo do papel. Apesar do convite formal do PTB, o presidente parece estar próximo de acertar sua filiação ao PP.

Turbilhão 

A propósito do PTB, a encarniçada briga familiar que se desenrola dentro da sigla chegou ao ponto mais grave. Roberto Jefferson, o presidente do partido, deu carta branca para Graciela Nienov, que o substituiu, para expulsar da legenda sua própria filha, Cristhiane Brasil. 

O pomo da discórdia 

O motivo da pendenga é justo a disputa pela primazia de filiar o presidente Jair Bolsonaro ao PTB, juntamente com seus filhos e apoiadores. Segundo Graciela Nienov, Cristhiane atravessou a negociação que já estava em curso para transformar Bolsonaro em petebista. Agora o próprio Roberto Jeferson formaliza o convite. 

A desavença 

Tudo começou quando a filha de Jefferson fez convite ao presidente da República para que participasse de uma reunião com o chefão da seção paulista do partido, Otávio Fakhoury. Ao saber disso, Graciela, que já estava tratando do assunto, ficou enfurecida. A suspeita é de que Cristhiane tivesse a intenção de se gabar de uma possível filiação do presidente para ganhar poder na legenda.

Chancela 

O bate-boca motivou a ida de Graciela ao Hospital Samaritano, no Rio, onde Roberto Jefferson está sob custódia, depois de se submeter a cateterismo. A interina saiu da visita com o que queria: a autorização de Jefferson para defenestrar a própria filha.

Decisão extrema 

A decisão foi anunciada na quinta feira (07) pelas redes sociais - além dela, serão submetidos à comissão de ética para expulsão o blogueiro Oswaldo Eustáquio e o pastor Fadi Faraj, aliados de Cristhiane. O confronto, no entanto, pode ser uma das melhores traduções da expressão “muito barulho por nada”.

Guerra inútil 

Isso porque personagens de destaque nos bastidores da política dão como certa a entrada de Jair Bolsonaro no PP, legenda do presidente da Câmara, o alagoano Arthur Lira. No começo, os próprios deputados do PP não viam com bons olhos a chegada de Bolsonaro e dos bolsonaristas. Com a ajuda do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é um dos caciques do partido, as resistências foram sendo quebradas. Hoje, somente o Nordeste permanece com número significativo de descontentes.

Desfecho 

A filiação do presidente da República ao PP é o caminho cada vez mais provável. Por ironia, a briga entre Roberto Jefferson e sua filha pelo privilégio de atrair Bolsonaro pode ter contribuído decisivamente para que ele acabe tomando outro rumo político.

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