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Arrefecendo

Arrefecendo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o desbloqueio das contas de empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado, em conversa registrada em grupo no WhatsApp revelada pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.

Decisão

“Em razão da passagem do feriado de 7/9/2022 e da efetivação do afastamento dos sigilos bancários dos investigados, medida que possibilitará o aprofundamento da investigação e verificação de eventual financiamento de atos criminosos, não configura-se mais necessária a manutenção do bloqueio dos ativos financeiros das pessoas nominadas”, escreveu Moraes, em decisão obtida pelo Metrópoles. O caso tramita em sigilo.

Precaução

No documento, o ministro também ressaltou que o bloqueio foi necessário devido a “fortes indícios de autuação para fornecer recursos para o alcance de objetivos escusos” nos atos ocorridos no último 7 de Setembro, quando se comemorou o bicentenário da Independência.

Agentes 

Entre os alvos, estão: Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, do grupo Multiplan; José Koury, dono do shopping Barra World; Luciano Hang, da rede de lojas Havan; Luiz André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii; e Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.

Pano de fundo 

Os empresários bolsonaristas foram alvo de busca e apreensão, em agosto, após a divulgação da possível defesa de um golpe de Estado, em caso de derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro deste ano. A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes. 

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Intenção oculta

A campanha de Jair Bolsonaro já traçou uma estratégia para encarar os novos índices da pesquisa Datafolha que será divulgada nesta quinta-feira, seis dias após a última feita pelo instituto. A narrativa para lidar com uma eventual oscilação nos números é afirmar que existe um fenômeno do “voto envergonhado” que as pesquisas não conseguem captar.

Estratégia

Foi feito até um levantamento tentando mostrar que foram realizadas 94 pesquisas no período eleitoral de 2018 e que nenhuma delas conseguiu capturar os votos envergonhados que fizeram Bolsonaro presidente. Essa versão começou a endossada pelo QG de campanha após a pesquisa Ipec apontar uma diferença de 15 pontos de Lula sobre Bolsonaro.  A ideia no comitê é continuar explorando essa versão para evitar que se crie uma sensação de vitória em torno de Lula.

Alhos e bugalhos

Integrantes da campanha também pretendem questionar se a pesquisa — que vai entrevistar presencialmente 5.926 pessoas acima de 16 anos em 191 cidades de todos os estados brasileiros (e esta é a maior amostra feita pelo Datafolha desde o início desta campanha) — chega nos “grotões” que votariam no presidente. Mais uma tentativa de tentar desacreditar pesquisas sérias.

Nichos

Caciques dos partidos que apoiam Bolsonaro, como PL e PP e Republicanos, têm repetido em reuniões reservadas que os candidatos a deputados relatam crescimento de Bolsonaro no eleitorado no interior do Brasil afora.

Vale tudo

Outra estratégia usada no PL para contrapor institutos como Datafolha e Ipec é mostrar os monitoramentos internos contratados pelo partido, que apontam uma diferença menor, considerado empate técnico. Esses dados, porém, não podem ser publicados porque não são registrados no TSE. 

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Alerta máximo

A estrutura de segurança em torno de Lula em sua viagem pelas capitais da região Sul, a partir de sexta-feira, será a mais reforçada de toda sua campanha eleitoral.

Tecnologia 

A equipe da Polícia Federal prepara um esquema amplo de proteção, com membros da unidade de elite da corporação treinada para situações de alto risco, o chamado Comando de Operações Táticas (COT). A ação vai incluir ainda o uso de drones para detectar ameaças e snipers em pontos estratégicos. Além disso, estarão presentes os policiais que integram a equipe fixa de segurança do petista na PF, coordenada pelo delegado Andrei Passos. Haverá também o reforço da Polícia Militar de todos os estados.

Antecedentes

Um dos motivos que fizeram a PF reforçar ainda mais a segurança de Lula na passagem pelo Sul foram os episódios de violência política que já aconteceram envolvendo a própria campanha petista. Em 2018, dois ônibus que faziam parte de uma caravana da pré-campanha de Lula foram atingidos por tiros de armas de fogo quando passavam pelo Paraná.

Agenda 

Até hoje a investigação não apontou culpados. Há dois meses, um militante do PT foi assassinado em Foz do Iguaçu, também no Paraná, por um apoiador do presidente Bolsonaro. A região Sul é a última visitada por Lula em sua campanha. Ele estará na sexta em Porto Alegre, no sábado em Curitiba e no domingo em Florianópolis. Em todas as cidades, participará de comícios de rua. 

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Em causa própria 

Na luta pela sobrevivência eleitoral, os dois candidatos à Presidência que tentam encarnar o movimento da terceira via, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), intensificaram uma campanha para impedir a debandada de apoiadores que se mostram dispostos a aderir ao chamado voto útil. Ao todo, 54% dos eleitores de ambos os presidenciáveis declararam que ainda podem mudar o voto, de acordo com o Datafolha divulgado na última sexta-feira.

Cenário 

Na pesquisa mais recente, veiculada pelo Ipec na segunda-feira, Ciro aparece com 7% e Tebet com 4% da preferência. Diante das chances reduzidas de eles irem para o segundo turno, as duas campanhas temem que os eleitores optem por votar num candidato melhor colocado nas pesquisas, seja Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera (46%), ou Jair Bolsonaro (PL), que somou 31%, sob pretexto de derrotar aquele que mais rejeitam no primeiro turno. O petista tem apostado em peças publicitárias para fisgar os brasileiros capazes de abandonar Ciro e Tebet na reta final da campanha.

Estratégia 

No contra-ataque, Ciro tem lançado mão de uma série de vídeos intitulada “Verdadeiro voto útil”. Eles seguem o mesmo roteiro: a câmera foca em uma pessoa, enquanto uma narradora questiona o que deve ser feito quando tentam lhe convencer a deixar para trás suas convicções ou uma grande paixão. “O que você diria a alguém que mandasse você mudar de time, dizendo que ele não pode ser campeão?”, diz o primeiro vídeo. O segundo indaga: “O que você diria a alguém que mandasse você abandonar seus sonhos porque eles não são fáceis de se realizar?”

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