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Ação de oficio

Ação de oficio

Ontem, sexta-feira, 17, o governo do Estado do Acre confirmou a abertura de uma sindicância para apurar e tomar as devidas providências administrativas referentes às crianças vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). De acordo com a secretária de Saúde, Paula Mariano, a investigação deve ser concluída no início de julho.

Determinação

“Essa é uma determinação do governador Gladson Cameli e vamos tratar essa sindicância com muito rigor. Se realmente for comprovada alguma irregularidade, o Estado pedirá a punição de quem foi omisso. Este é um momento de dor, respeitamos muito a memória de cada criança e nos solidarizamos com os familiares, que merecem respostas sobre o que realmente aconteceu”, enfatizou a titular da pasta da Saúde.

Registros procedimentais 

Na entrevista coletiva, oportunidade em que a decisão foi apresentada à população, foram apresentados documentos clínicos oficiais sobre os procedimentos adotados nas crianças durante o período de internação no Pronto-Socorro. Em respeito ao Código de Ética Médica, as informações técnicas não foram repassadas à imprensa, mas estão disponíveis aos familiares e Ministério Público.

Fator externo 

A secretária de Saúde esclareceu também sobre a falta de medicamentos nas unidades hospitalares, fato alheio as ações da pasta. Segundo a gestora, a indústria farmacêutica brasileira enfrenta uma crise de produção por falta de matéria-prima, embora o Estado se esforça para manter o estoque abastecido. “Está faltando dipirona no Brasil inteiro e o que chega não é suficiente para atender nossa grande demanda diária. Mas, estamos utilizando paracetamol, que supre essa necessidade. Mesmo assim, nossas equipes vêm trabalhando para que a nossa rede não fique desabastecida”, explicou.

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Foco

Por fim, Paula Mariano falou do empenho do governo acreano para melhorar a estrutura e atendimento hospitalar ao público infantil. “Em 2019, recebemos o Hospital da Criança com apenas 50% dos leitos em funcionamento. Hoje, ampliamos o número de leitos em mais de 80%. Além disso, nossos servidores têm passado por constantes capacitações e treinamentos em todas as regionais da Saúde”, ressaltou. 

Termômetro

Uma nova pesquisa presidencial do Datafolha será divulgada na quinta-feira, 23/06. Será realizada em dois dias, entre a quarta-feira e a própria quinta-feira. O instituto entrevistará 2.556 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Repercussão 

A última pesquisa Datafolha, divulgada em 26 de maio, acendeu um sinal amarelo no bolsonarismo: pela primeira vez, cravou-se a possibilidade de Lula liquidar a fatura no primeiro turno. O petista apareceu com 48% dos votos contra 27% de Jair Bolsonaro. A pesquisa de agora captará o efeito do novo reajuste da gasolina e do diesel.

Cenário 

Se Lula mantiver agora essa chance de vencer no primeiro turno a pressão do Centrão e de outros aliados de Bolsonaro para a adoção de medidas populistas na economia crescerá exponencialmente — para o desespero de Paulo Guedes. Afinal, faltam pouco mais de 100 dias para a eleição. E nessas horas os políticos fazem o diabo para triunfar nas urnas.

Efeito onda

A pesquisa atrairá interesse também para quem quiser medir, um mês depois, a quantas anda a candidatura de Ciro Gomes. Continuará na faixa dos 7%? Qualquer queda além da margem de erro, por exemplo, poderá ter efeito grave para sua candidatura. Há o temor dentro do PDT de que, se isso ocorrer, pode vir a ser um estopim para uma debandada.

Hora ‘H’

Já Simone Tebet é outra que será obrigada a mostrar a que veio. Ao menos é isso o que o MDB contrário à sua candidatura espera — ele tem pressa para aumentar pressão por sua desistência. Do dia em que sua pré-candidatura foi lançada até o dia em que a pesquisa estará sendo divulgada terá se passado um mês. No último Datafolha, Simone apareceu com magros 2%.

Fatos recentes 

A pesquisa também questionará o eleitor sobre a morte de Dom Philips e Bruno Pereira; sobre se tem conseguido comprar comida suficiente para sua casa; e sobre inflação. Tentará medir o grau de confiança no governo Bolsonaro.

Tradição 

Embora haja uma enxurrada de pesquisas divulgadas diariamente — parte delas encomendadas por bancos e outra parte de institutos sem tradição ou absolutamente desconhecidos — o Datafolha tradicionalmente baliza o sentimento do mundo político em relação à fotografia do momento eleitoral, ao lado das pesquisas do Ipec (ex-Ibope). 

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Barreira 

O jornal O Estado de São Paulo reporta na edição de hoje que a aliança entre MDB e PSDB, com Simone Tebet (MDB) pré-candidata à Presidência e Tasso Jereissati (PSDB) como vice, quer apresentar uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), mas isso não encontra eco em acordos negociados pelos dois partidos nos palanques estaduais. 

Panorama

Levantamento feito pelo Estadão identificou 16 Estados, além do Distrito Federal, em que os diretórios de MDB e PSDB já apoiam ou negociam alianças com pré-candidatos a governador alinhados a Lula ou Bolsonaro. O MDB de Simone está com o PT de Lula em Alagoas, Ceará, Paraíba, Pará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Amazonas. Emedebistas se aliaram a pré-candidatos ligados ao presidente em Roraima, Acre, Rio, Paraná e Distrito Federal.

Retrato 

Embora nenhum pré-candidato tucano declare apoio a Lula, o PSDB está no mesmo grupo do PT ou caminha para isso em Alagoas, Maranhão, Pará e Rio. Em Mato Grosso do Sul, terra de Simone, o candidato do PSDB, Eduardo Riedel, disse estar “fechado com Bolsonaro”. Os tucanos ainda apoiam pré-candidatos bolsonaristas no Acre e em Santa Catarina.

Óbices 

Fazer parte do mesmo grupo político nos Estados não significa que os diretórios do PSDB e do MDB apoiam o atual ou o ex-presidente formalmente, mas dificulta a penetração regional da chapa Simone-Tasso. A mais recente pesquisa nacional FSB/BTG aponta que a senadora tem 2% das intenções de voto, atrás de Ciro Gomes (PDT), com 9%, Bolsonaro, com 32%, e Lula, com 44%.

Dificuldades 

A mais recente pesquisa nacional FSB/BTG aponta que a senadora tem 2% das intenções de voto, atrás de Ciro Gomes (PDT), com 9%, Bolsonaro, com 32%, e Lula, com 44%.

Undécima hora

De acordo com o analista político Bruno Carazza, professor da Fundação Dom Cabral, a demora da chamada terceira via em definir uma chapa para o Planalto antecipou um movimento de voto útil nos quadros das próprias legendas. “De um lado, levou a uma definição precoce de boa parte do eleitorado entre Lula e Bolsonaro”, afirmou. “De outro, (a demora) precipitou um movimento da própria classe política em se posicionar entre esses dois polos, principalmente nos Estados.”

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