O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta terça-feira, 27, no Palácio do Planalto, com os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal para discutir o combate às queimadas na região.
O vice-governador do Acre, Major Rocha, reafirmou a posição do Estado do Acre em promover um desenvolvimento sustentável e o combate aos crimes ambientais, agora com apoio do governo federal.
Na última sexta-feira, 23, o governo autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental, e ontem, 27, liberou R$ 38 milhões do orçamento do Ministério da Defesa, que estavam contingenciados, para as ações.
Todos os nove estados da Amazônia Legal – Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins – solicitaram adesão ao decreto da GLO e a ajuda das Forças Armadas para o combate ao fogo. Participaram da reunião os ministros da Defesa, Fernando Azevedo; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; da Secretaria-Geral, Jorge Antônio de Oliveira; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Rocha, o primeiro a falar pelos estados disse que, ao contrário do que se está difundindo nos meios de comunicação, as queimadas acontecem todos os anos e que a falta de recursos inviabiliza uma maior atuação por parte do governo. “Os estados da Amazônia sofrem o mesmo problema: a falta de recursos para que o controle seja mais efetivo e as limitações de ordem ambiental também fazem com que o estado tenha um poder de resposta menor do que o pretendido”, esclareceu o vice-governador.
O vice-governador Rocha também enfatizou sobre as condições ambientais do Acre, propícias, segundo estudos feitos por especialistas, para que aconteçam queimadas. Mais de 30 graus de temperatura, 30 dias sem chuva, umidade relativa do ar inferior a 30 por cento e ventos superiores a 30 km/h.
No Acre, explicou Rocha, dos 100% de seu território, somente 14% é considerada área aberta, entre urbana e rural. Dos 86% restantes, 47% são unidades de conservação. “Nessa área não podemos fazer nada de atividade humana, por restrições”, frisou Rocha a Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro se disse satisfeito com o pensamento comum de união dos estados da Amazônia com o governo federal, afirmando que o direcionamento de todas as atividades a serem desenvolvidas tem que ser em comum acordo e com um mesmo direcionamento.