“O Acre está se tornando um lugar sem futuro”, disse o parlamentar
Em tom de desabafo, o vereador André Kamai (PT) fez um apelo enérgico e urgente ao Governo do Estado e às forças de segurança pública diante do avanço da violência que vem assolando a capital acreana e o estado como um todo. Para ele, os responsáveis estão sendo omissos e permitindo que o Acre vire terra sem lei.
“Estamos vivendo uma verdadeira barbárie. Feminicídios, execuções, mortes no trânsito, brigas e assassinatos têm se tornado rotina na nossa cidade, e parece que para o governo está tudo normal”, afirmou Kamai, visivelmente indignado com a falta de resposta das autoridades estaduais.
O vereador citou casos recentes de execuções e feminicídios, como o assassinato brutal de Talisson Baltazar do Nascimento, executado com diversos tiros em plena via pública, além do caso da advogada Juliana Chaar. “São mortes que chocam pela frequência e pela brutalidade. Mas o mais revoltante é o silêncio das autoridades. Nenhuma declaração, nenhuma posição firme do governador ou do secretário de segurança”, denunciou.
Kamai criticou a aparente inércia do governo e questionou o controle de armas e a eficácia das ações policiais para conter a violência crescente. “Como está a atuação das forças de segurança para desarmar a população? Para reduzir os casos de execução? Para proteger os jovens que saem de casa e só querem voltar vivos e em segurança?”, indagou.
O parlamentar também fez uma reflexão dura sobre o futuro da juventude no estado. “Estamos vendo jovens abandonando o Acre para sobreviver em outros estados. Aqui, eles não têm segurança nem para viver, nem para sonhar. Estamos diante da construção de um Acre sem futuro”, declarou.
Ao encerrar sua fala, Kamai cobrou respostas e providências imediatas. “Não é mais possível aceitar esse silêncio. O povo está com medo. Nós, vereadores, precisamos nos posicionar. Mas é o governo que tem o dever e a responsabilidade de agir. Por isso, peço ao governador Gladson Cameli e ao secretário de segurança que se manifestem. Que digam o que será feito diante de tantos casos de violência e morte.”
André Kamai reafirmou seu compromisso com a vida, com a juventude e com uma cidade mais justa e segura. “Não podemos naturalizar a morte. É hora de coragem, responsabilidade e ação.”