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Política

Vanda Milani, candidata ao Senado, promete focar em mais delegacias nos bairros e no maior colégio militar no AC

Vanda Milani, candidata ao Senado, promete focar em mais delegacias nos bairros e no maior colégio militar no AC

Candidata do Pros foi a terceira candidata entrevistada na rodada do g1. Ela diz que o modelo do colégio militar faz crianças e jovens terem disciplina e respeito

A candidata ao Senado pelo Acre, Dra. Vanda Milani, foi a terceira entrevistada na rodada do g1, que está recebendo todos os candidatos ao Senado. Assim, como os outros, ela teve 20 minutos para falar sobre suas propostas e bandeiras.

O Acre voltou a ser um dos estados com a maior taxa de feminicídio - crime de ódio motivado pela condição de gênero – do país. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano passado, o estado acreano registrou taxa de 2,7 feminicídios por 100 mil mulheres.

Sobre o tema, a candidata disse que pretende fortalecer a presença do estado como forma de coibir e dar suporte a mulheres vítimas de violência.

“Nós tínhamos delegacias em todos os bairros, hoje não temos mais, onde as mulheres vão reclamar? Nós tivemos, em outrora, o programa de proteção a testemunhas, por que não temos o programa de proteção para essas mulheres?”, destacou.

A candidata aproveitou para esclarecer um trecho de uma entrevista sua na CBN Amazônia Rio Branco, onde chegou a dizer que a mulher precisava ter tato para terminar o relacionamento ao se referir a uma pergunta sobre o feminicídio.

Na rádio, a candidata declarou: “Isso acontece no mundo inteiro. Eu não sou a espada do mundo para impedir que as mulheres morram, eu tô colocando que hoje as mulheres saem para o trabalho, ajudam o marido em casa, bate o ciúme. Eu sou mulher, tive todas as profissões de homem, mas nunca bati de frente com marido e nem com homem nenhum. Acho que temos que ocupar nosso lugar de mulher e não enfrentar os homens, porque no momento que ela diz: ‘não te quero mais’, ela precisa ter uma forma de dizer. Então, nós mulheres também temos que ter tato na hora de terminar uma relação. Fazer ele entender que não dá mais certo. Não é a Justiça, não é a polícia, não é o Estado que vai conseguir mudar esse número. Nós mulheres temos que ter essa consciência, a consciência de quando você quer sair de uma situação você tem que ter psicologia para não fazer o enfrentamento.”

Sobre a declaração, a candidata, que já foi delegada e promotora, disse que foi mal interpretada. “Quando falo em ter tato, não é só a mulher. Se ela está com problemas, se desentendendo, o melhor seria se distanciar. Por isso, aposto na condição de trabalho, vida, preparação, grande parte dos problemas são gerados porque a mulher não tem o financeiro necessário”, disse.

Ela disse ainda que, mesmo que leis existam para coibir o crime contra as mulheres, o Estado não faz com que sejam colocadas em prática. “Eu culpo o Estado, as leis não estão sendo implementadas. Precisamos apoiar os dois lados”, pontua.

Meio ambiente

Sobre o PL 3292/2020, que retirou de indígenas, quilombolas e assentados a prioridade em fornecer alimentos para escolas públicas, no qual votou sim, ela disse que atualmente tem outra visão e que votaria diferente.

“Hoje tenho outra visão e tenho certeza que devemos defender nossa população originária.”

Também sobre o texto, que ficou conhecido como “PL da Grilagem”, que ampliou o tamanho mínimo das propriedades rurais que precisam de vistoria do Incra para serem regularizadas, medida que pode incentivar a grilagem (roubo de terras) e abre caminho para anistiar invasores, ela disse que a questão da titulação de terras no nosso estado precisa ser resolvida. O PL aguarda votação no Senado.

“É uma bandeira que vou levantar para que o Incra nacional possa ter recurso, porque está praticamente acabado. O problema de titulação de terra, porque se tiverem essa documentação, elas vão na agência bancária, fazem seus financiamentos e vão plantar e colher e a economia vai girar.

Colégio Militar e habitação

Defensora ferrenha do ensino em colégios militares, a candidata disse que vai lutar por recursos para que seja aberto, na Baixada da Sobral, e Rio Branco, o maior colégio militar do estado. Na área de habitação, ela diz que deve apoiar a proposta do seu candidato ao governo, Petecão (PSD).

“O governo do estado não fez uma casa popular e o Petecão promete que vai fazer 2 mil casas e podemos fazer muito mais trazendo recursos”, pontua.

Sobre o colégio militar, ela diz que o ensino nessas escolas ajudam a formar alunos mais conscientes socialmente.

“Acredito muito nesse método, porque fui militar, sargento da Polícia e aprendi o que era hierarquia e respeito e nossas crianças precisam disso. Quero fazer o maior colégio militar na baixada da Sobral, porque ali aprendem hierarquia, disciplina, respeito e é isso que nossas crianças precisam levar”, destaca.

Por fim, a candidata disse que é favor que todo cidadão que tenha interesse e que cumpra todos os requisitos, possa ter direito a tirar o porte/posse de arma.

Ordem das entrevistas com candidatos ao Senado:

  • 12/09 - Alan Rick (União Brasil)
  • 13/09 - Jenilson Leite (PSB)
  • 14/09 - Dra. Vanda Milani (Pros)
  • 15/09 - Marcia Bittar (PL)
  • 16/09 - Ney Amorim (Podemos)
  • 19/09 - Sanderson Moura (Psol)
  • 20/09 - Nazaré Araújo (PT)
  • 21/09 - Dimas Sandas (Agir)