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Política

Treze bairros de Rio Branco passam por mudança no transporte público por meio de linhas ‘alimentadoras’

Nesse modelo, linhas “alimentadoras” circulam nos bairros, levam os passageiros ao terminal de integração onde uma linha faz somente o percurso que liga o bairro ao terminal central de Rio Branco

Com o objetivo de reduzir o tempo de espera, a regional do Tancredo Neves, composta por pelo menos 13 bairros, passou por uma mudança e deve funcionar com o modelo de tronco-alimentado em Rio Branco.

Nesse modelo, linhas “alimentadoras” circulam nos bairros, levam os passageiros ao terminal de integração onde uma linha faz somente o percurso que liga o bairro ao terminal central de Rio Branco.

A superintendente da RBTrans, Sawana Carvalho, disse que os coletivos vão passar pelos mesmos pontos e o passageiro vai ser levado ao terminal do bairro Adalberto Sena e depois ao Terminal Urbano no Centro da capital.

“O ônibus vai passar no bairro no mesmo local onde passava, traz o passageiro para o terminal do Adalberto Sena e o passageiro vai chegar mais rápido ao Centro da cidade nos ônibus maiores. Quem espera dentro do bairro também vai chegar mais rápido, porque o ônibus do bairro não vai mais se deslocar até o terminal urbano, na área central da cidade”, disse.

Ao todo, três ônibus articulados e um bi articulado, com capacidade para até 200 passageiros, vão circular nos horários de pico, no trânsito da capital. Com isso, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) espera reduzir o tempo de espera e de viagem dos usuários.

Bairros que vão passar pela mudança

Os bairros Alto Alegre, Adalberto Sena, Defesa Civil, Xavier Maia, Juarez Távora, Irineu Serra, Montanhês, Placas, Wanderley Dantas, Mulateiro, Jorge Lavocat, Tancredo Neves, Raimundo Melo passam pela mudança no transporte.

A superintendente disse que, além de desafogar os terminais, a aquisição de ônibus com maior capacidade também quer ajudar os usuários a manter o distanciamento social por causa da pandemia do novo coronavírus.

A superlotação dos ônibus é uma das principais reclamações dos usuários.

“São mais espaçosos, trazem a segurança do momento da pandemia onde estamos vivendo e traz o distanciamento social dentro dos coletivos”, acrescentou Sawana.

Milena Marques vai conduzir um dos ônibus que possui 28 metros. Ela trabalha há nove anos como motorista e diz que já sofreu preconceito por ser mulher, mas conquistou espaço mostrando seu trabalho.

“Logo quando iniciei, as pessoas não acreditavam na minha capacidade e nem entravam no meu ônibus com preconceito. Através do meu espaço que foi conquistado agregaram outras meninas, outras motoristas e, hoje, estamos aí conquistando cada vez mais espaço”, contou.

Dirigir um ônibus com mais de 200 pessoas é uma grande responsabilidade, mas, a Milena diz que está reparada.

“A gente não é motorista de ônibus, somos condutores de vida. Então, é responsabilidade dobrada”, concluiu.