O Supremo Tribunal Federal (STF) está preparando o funeral da operação Lava Jato.
Prevê-se até o fim de novembro uma sequência de decisões que devem decretar o fim das ilegalidades cometidas por Sérgio Moro e os procuradores: suspeição do próprio Moro, fim das prisões depois de condenção em segunda instância, fim do compartilhamento de dados fiscais e bancários de órgãos como a Receita e Coaf sem autorização judicial, além de definir critérios sobre a anulação de condenações nos casos em que réus delatados não tiveram assegurado o direito de falar depois de réus delatores.
Segundo um dos ministros do STF, ouvidos pelo jornalista Rafael Moraes Moura, de O Estado de S.Paulo, as decisões a serem adotadas representarão uma “vitória da Constituição”.
“Todo mundo é a favor do combate à corrupção, mas observados os meios contidos na ordem jurídica. Em Direito, o meio justifica o fim, não o fim ao meio. Não dá é para levar essa persecução penal de cambulhada. Não avançamos culturalmente a qualquer custo”, disse o ministro Marco Aurélio Mello ao jornalista Rafael Moura.
A pauta de fim de ano foi possível graças às revelações da Vaza Jato, pelo Intercept. Moro está isolado e sem apoio no Congresso, Deltan Dallagnol está demoralizado e Bolsonaro entrou em guerra contra quase todo o universo político nacional.