..::data e hora::.. 00:00:00

Política

23.1 digital master pmrb iptu premiado 2025

STF deve julgar suspeição de Sergio Moro na segunda quinzena de novembro

Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, o Supremo Tribunal Federal deve agendar o julgamento do pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro na segunda quinzena de novembro.

Magistrados escutados pela colunista consideram que a análise da pauta, que está na Segunda Turma, para declarar se Moro era ou não suspeito para julgar os casos da Lava Jato, será menos conturbada se o Supremo declarar inconstitucionalidade da prisão depois da condenação em segunda instância, levando à liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido de suspeição de Moro foi entregue na Corte pela defesa de Lula. Os advogados sustentam que, no caso do triplex do Guarujá, o então juiz atuou cruzando a linha da legalidade, e com objetivos políticos, para afastar o petista das eleições em 2018.

O argumento central da defesa é o fato de Moro ter aceitado o convite para o cargo do ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. O habeas corpus foi impetrado no ano passado e atualizado neste ano com as mensagens entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, no Paraná, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

Prisão após 2ª instância

Nesta quinta-feira (24) a Corte retomou o julgamento sobre a discussão se o réu pode ser preso após sofrer condenação por uma turma colegiada, o que equivale à segunda instância da Justiça. O placar ficou em 4 votos a favor e 3 contra.

O julgamento do tema será retomado no dia 6 ou 7 de novembro, segundo o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Ainda faltam as manifestações de quatro ministros.

Em 2016, por 6 votos contra 5, sobre um caso específico, o Supremo estabeleceu o entendimento em favor da prisão após condenação em segunda instância. A perspectiva no novo julgamento, aberto por três ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs), é que a Corte altere o entendimento que servirá para balizar decisões em todo o país.

O voto mais aguardado era o da ministra Rosa Weber que, em 2016, votou pela prisão após a segunda instância. Ontem, a magistrada foi a primeira a declarar o seu voto e alterou sua ponderação, entendendo como inconstitucional a prisão de um réu antes de esgotado todos os recursos no Judiciário.