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Política

Secretário de Saúde de Rio Branco denunciado por assédio moral e sexual é afastado por 60 dias

Frank Lima foi afastado do cargo de secretário de Saúde, nesta quinta-feira (2), após recomendação do MP-AC. Também foi afastada por 60 dias a diretora de Gestão, Tatiana de Assis, e um servidor foi exonerado suspeitos de atrapalharem as investigações

Após uma recomendação do Ministério Público do Acre (MP-AC), a Prefeitura de Rio Branco decidiu, nesta quinta-feira (2), afastar o secretário municipal de Saúde, Frank Lima, denunciado por assédio sexual e moral. Além dele, também foi afastada por 60 dias a diretora de Gestão da Semsa, Tatiana de Assis, suspeita de atrapalhar as investigações.

Um outro servidor foi exonerado pelo mesmo motivo. O MP-AC instaurou um inquérito civil na 2ª Promotoria do Patrimônio Público para apurar as denúncias e recomendou, na segunda (30), o afastamento do gestor. A reportagem não conseguiu contato com Tatiana de Assis e nem com o servidor exonerado.

“A situação exigia pronta atuação do MPAC, com investigação profunda e eficiente, sobretudo porque foi supostamente praticada por uma alta autoridade municipal. O objetivo é verificar se a conduta do gestor está dentro dos parâmetros da moralidade administrativa ou se afrontou os demais princípios constitucionais”, afirmou o promotor de Justiça Daisson Gomes Teles.

Assume interinamente a Semsa a diretora de Assistência à Saúde, Sheila Andrade. Ao G1, o Frank Lima falou que pediu para ser investigado e esse momento de afastamento será usado com mais tranquilidade por sua defesa para trabalhar e comprovar sua inocência.

“Não vejo necessidade de esticar corda nem com o Ministério Público nem com a Justiça e ninguém. O que preciso é provar minha inocência dentro do processo. Não temos interesse nenhum de obstruir as investigações e a demonstração que damos para o prefeito é se afastando”, defendeu.

Lima foi denunciado por assédio sexual contra servidoras em julho deste ano. Depois das denúncias, ele pediu a abertura de um procedimento administrativo na prefeitura para responder às acusações. Ele disse que estava “tranquilo” com relação às denúncias e afirmou que a denúncia era uma “retaliação” ao seu trabalho.

Pedido de impeachment

Além das investigações da corregedoria, na semana passada também foi protocolada na Câmara de Vereadores de Rio Branco uma denúncia com pedido de impeachment do prefeito Tião Bocalom. O pedido é da advogada Joana D’arc.

“São ações que vão de encontro à dignidade da pessoa humana. O Brasil inteiro está mobilizado para resguardar direitos das mulheres e aqui está na contramão. Quando vi que o prefeito foi solidário, mesmo tendo acontecido violações contras as mulheres por seus secretários Frank Lima e Ailton Oliveira, resolvi entrar com o pedido de impeachment”, disse ao oficializar o pedido.

Na terça (31), os vereadores de Rio Branco rejeitaram, por 14 votos a dois, a denúncia que pedia o impeachment do prefeito Tião Bocalom por causa das denúncias de assédio.