De acordo com o deputado Sargento Cadmiel Bomfim (PSDB), está faltando desde profissionais de saúde até pessoal de limpeza nos hospitais dos municípios neste momento mais grave de enfrentamento da pandemia de coronavírus no Acre. A observação foi feita na sessão da Comissão Especial sobre a Covid 19 realizada virtualmente nesta quinta-feira, 11, com a participação de jornalistas, para relatar o resultado de uma peregrinação da Comissão pelo interior do Estado.
Sargento Cadmiel informou que a maioria dos hospitais também está precisando de reformas em sua estrutura física e o município de Feijó não dispõe sequer uma ambulância, tendo sido socorrido pela ambulância de Rodrigues Alves, a 3 horas de distância. Ele também anotou que vários hospitais já possuem tubulação para a distribuição de oxigênio aos pacientes, mas não dispõe de uma usina para o fornecimento.
“Faltam médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e até pessoal para o serviço de limpeza. No dia em que estivemos em Feijó, durante a noite havia uma funcionária relatando que estava sozinha para limpar todo o hospital e a Maternidade, queixando-se de que é uma sobrecarga insuportável, tendo que passar a noite inteira esfregando o chão sem ajuda de ninguém”, comentou o parlamentar.
Em relação aos prédios, particularmente, o deputado afirmou que o Governo do Estado informou ter R$ 1 milhão para o enfrentamento da pandemia, de forma que poderia utilizar parte do dinheiro para realizar o serviço. “Mas é preciso que seja uma reforma de verdade, não um paliativo qualquer”, observou.
Ambulância e oxigênio
Sargento Cadmiel também lembrou que está desde o início do mandato cobrando uma ambulância para o hospital de Feijó e ainda não foi atendido por conta de uma burocracia inexplicável. “Existe uma licitação para a compra de 28 ambulâncias que vai da Secretaria de Saúde para a Casa Civil num vaivém interminável”, criticou.
“Estamos num momento de estado de calamidade e não era necessário fazer licitação”, lembrou o deputado. Cadmiel também sugeriu a compra de usinas para os hospitais do interior como forma de ampliar a oferta deste recurso e reduzir o sofrimento de pacientes que precisam ser removido para o hospital regional de Cruzeiro do Sul.
De acordo com ele, o Hospital de Tarauacá já possui a tubulação e com uma usina própria atenderia a demanda dos municípios vizinhos de Feijó e Jordão. “Cruzeiro do Sul possui duas usinas, uma de 30 e outra de 20 metros cúbicos. Tarauacá precisaria apenas de uma de 20 para socorrer os três municípios”, sugeriu.