O decreto publicado pelo governo no Diário Oficial de hoje, sobre as medidas para reabertura gradual das atividades econômicas no Estado, foi o tema abordado pelo deputado Roberto Duarte (MDB), durante sessão virtual desta terça-feira (23). O parlamentar disse que o novo documento arrasta o isolamento para uma eternidade.
“Estamos em isolamento há mais de 90 dias, esse tempo serviria justamente para que o governo tivesse tempo e condições de melhorar o SUS para atender pessoas infectadas. As ações deveriam ter ocorrido há muito mais tempo, mas infelizmente não foi essa a nossa realidade. O que pude observar no decreto é que, infelizmente, o Acre deverá passar por muito mais tempo isolado e isso nos preocupa”, pontuou.
Duarte ressaltou que a principal questão é salvar vidas, mas que o mínimo para que isso seja feito é com testagem e medicação dos casos positivos para a Covid-19. Destacou também que por falta de medidas certeiras, o comércio está severamente prejudicado e todos os dias o índice de desemprego aumenta.
“A primeira questão é salvar vidas, mas para que façamos isso precisamos ter o mínimo, que são os testes e medicação para o tratamento da doença. Infelizmente, não é isso que temos observado. Semana passada defendi que a Aleac começasse a discutir um retorno gradual e seguro do comércio local. Vi declarações do governador dizendo que podem faltar testes e medicamentos e que os cofres têm dinheiro. Se porventura isso vir a acontecer, será falta de gestão dele”, asseverou.
O parlamentar seguiu dizendo que o governador Gladson Cameli (PP) não pode terceirizar sua responsabilidade, e que é necessário que o Poder Legislativo promova com urgência um debate acerca do retorno das atividades econômicas no Estado.
“Pelo decreto que eu li hoje, entendo que será muito difícil o retorno das atividades, e o isolamento social poderá se arrastar por tempo indeterminado. As pessoas já estão chegando a um nível de estresse muito grande. Precisamos unir forças e pensar numa concepção para retornamos de forma segura. A população não está mais suportando viver em isolamento social e ver amigos perderem seus empregos”, finalizou.