Durante viagem do prefeito Tião Bocalom, vice Marfisa Galvão exonerou presidente da FGB e secretário da casa. Nesta terça-feira (4), prefeito publicou as exonerações, mas tornou decretos sem efeito na edição do DOE
A edição do Diário Oficial do Acre (DOE) desta terça-feira (4) trouxe mais um capítulo do racha político entre o prefeito Tião Bocalom e a vice-prefeita de Rio Branco, Marfisa Galvão. Durante viagem do prefeito Tião Bocalom, Marfisa, que assumiu a prefeitura, exonerou o diretor-presidente da Fundação de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB), Anderson Gomes, e o secretário da Casa Civil, Valtim José da Silva.
A vice-prefeita ficou no comando da prefeitura entre os dias 27 de junho e 1º de julho enquanto Bocalom estava em Porto Alegre (RS) em reunião com o prefeito Sebastião Melo. Na ocasião, o gestor também foi conhecer a fábrica de ônibus elétrico em Caxias do Sul, no mesmo estado.
Durante a breve gestão, Marfisa fez as seguintes exonerações:
Ela ainda nomeou Thales Augusto Moreno de Farias para assumir a presidência da FGB.
Ao reassumir a prefeitura, o prefeito permitiu que as exonerações fossem publicadas nesta terça. Contudo, na mesma edição do DOE, publicou decretos que tornaram sem efeito as decisões da vice-prefeita, incluindo a nomeação de Thales Augusto Moreno de Farias para a presidência da FGB. Veja abaixo:
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da prefeitura disse que o prefeito não vai se posicionar.
O g1 também procurou a vice-prefeita e aguarda retorno.
Racha político
Em abril deste ano, prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas) exonerou a vice-prefeita do cargo de secretária de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH). Na época, ela afirmou que Bocalom havia pedido que ela comunicasse sua saída da secretaria, ao que ela recusou. O prefeito, então, decidiu exonerá-la.
Marfisa é filiada ao PSD, assim como o marido, o senador Sérgio Petecão. De acordo com ela, o pedido teria sido feito pelo prefeito por ele discordar de posicionamentos do partido, que tem parlamentares na base do presidente Lula no Congresso Nacional e ministros no governo.
A exoneração da secretaria foi o ápice do racha entre o prefeito e a vice. Marfisa diz que, quando soube da exoneração, explicou a Bocalom que entendia a razão, que seria um motivo partidário. Porém, ela queria garantias de que os integrantes de sua equipe não ficassem desamparados e permanecessem na pasta, o que não aconteceu, já que ela se recusou a pedir para deixar o cargo.