O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), programa estratégico do Exército, já em operação no Mato Grosso do Sul, entre as cidades de Mundo Novo e Caracol, pode chegar à fronteira do Acre.
O projeto emprega tecnologia nacional de ponta, com radares fixos e móveis, antenas (infovias), além de equipamentos como sensores óticos, binóculos de visão termal e câmeras de longo alcance. A estrutura permite que as informações captadas pelos postos de vigilância cheguem em tempo real nos centros de operações, sendo interpretadas e usadas como suporte para a tomada de decisão.
A emenda de extensão do Sistema para o Acre e outros estados de fronteira, por indicação da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), foi aprovada nesta quarta-feira (16), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. A deputada alertou que a falta de atenção para as fronteiras do Norte aumenta a criminalidade nos estados da região.
“Nos últimos anos, o que temos visto é um aumento gigantesco da violência nas cidades acreanas devido à falta de controle nas fronteiras, por onde entraram drogas e armas que sustentam as facções. Com o aumento dessa criminalidade, a violência contra a mulher deu um salto significativo. E isso precisa de um fim. A partir do Sisfron no Mato Grosso do Sul, por exemplo, vemos que esses índices tem melhorado”, pontuou a deputada.
Perpétua ainda ressaltou que o sistema é essencial para a segurança do Brasil: “Esse é um dos programas mais importantes que o Exército tem para monitorar nossas fronteiras. Se a gente quer debater a redução da criminalidade, a gente precisa ter a extensão desse programa.”
Preocupada com o assunto, Perpétua tem levado o tema com frequência para discussão nas Comissões. O alerta da deputada acreana é em defesa da segurança dos acreanos, que sofrem com o aumento da violência. “Nossas fronteiras não podem mais ficar desprotegidas. Nossas crianças, mulheres e famílias sofrem com a entrada de armas e drogas no nosso estado. Precisamos do Sisfron com urgência no Acre”, completou.