Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) fez uma série de alertas e cobranças relacionadas à infraestrutura de saúde, à trafegabilidade da BR-364 e à produção pecuária do Estado. Entre os temas abordados, o parlamentar destacou a paralisação das obras do hospital de Feijó, a importância da caravana de deputados pela BR-364 e os riscos que o Acre pode enfrentar com o avanço das exigências de rastreabilidade do rebanho bovino.
Segundo Pedro Longo, as obras do hospital de Feijó estão paradas há aproximadamente dois anos, e apesar de promessas de retomada, até o momento nada foi feito. “Já cobrei diversas vezes, inclusive por meio de indicações e manifestações nesta tribuna. Não sabemos se a responsabilidade é da Sesacre ou da Secretaria de Obras, mas o fato é que o hospital permanece com áreas inacabadas, o que prejudica o atendimento à população”, afirmou.
O pedetista sugeriu que a situação do hospital seja um dos temas discutidos na audiência pública sobre o sistema de saúde e regulação marcada para os próximos dias, e reforçou a necessidade de esclarecer responsabilidades e buscar soluções concretas.
O deputado também parabenizou a iniciativa da caravana de parlamentares que percorrerá a BR-364 a partir do dia 5 de junho. Ele destacou que, embora a rodovia seja de responsabilidade federal, a mobilização dos deputados estaduais ajuda a chamar atenção para os problemas enfrentados pela população que depende da estrada.
“A situação da BR é insustentável. Tivemos recentemente um acidente com um ônibus que por pouco não terminou em tragédia. A BR 364 é o principal elo logístico para municípios como Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e até os mais isolados. Quando a estrada não funciona, tudo encarece: o transporte, os alimentos, a vida das pessoas”, ressaltou.
Ao final do discurso, o parlamentar fez um alerta importante sobre a cadeia produtiva da pecuária acreana. Ele lembrou que, em dois anos, passará a vigorar a exigência de rastreabilidade completa do rebanho, desde a criação até o abate, e que boa parte dos pequenos produtores ainda enfrenta embargos ambientais e pendências fundiárias.
“Hoje, o Acre já tem um bom índice de rastreabilidade, mas quando essa exigência for ampliada para toda a cadeia, os grandes produtores que compram dos pequenos não poderão mais vender para os frigoríficos se esses pequenos estiverem embargados. Isso pode paralisar toda a produção pecuária do Estado. É preciso agir agora”, alertou Longo.
O deputado concluiu pedindo que o tema seja discutido de forma mais aprofundada junto aos produtores, técnicos e gestores estaduais, para evitar que o Acre enfrente uma crise no setor nos próximos anos.