Quando todos esperavam uma sessão insossa, típica de uma quinta-feira, o presidente da Aleac, deputado Nicolau júnior, surpreende e faz um desabafo em favor dos deputados da base aliada do governador Gladson Cameli que, segundo ele, estariam sendo destratados por alguns gestores.
Polido, humilde e muito educado, Nicolau disse que não vai admitir que secretários de Estado façam ouvido de mercador quando procurados por deputados da base do governo que se dirigem até eles em busca de soluções para demandas humanistas e de interesse da população.
“Recebi reclamações de deputados da base do governo que estão insatisfeitos com alguns secretários. São gestores que acham ter mais poder de comando do que o próprio governador. Gostaria de deixar claro que vou lutar pela união da base do governo aqui na casa porque foram eles que me puseram na cadeira de presidente”, desabafou Nicolau.
O deputado lembrou das dificuldades enfrentadas na Aleac no ano passado, mas disse que todas as matérias de interesse do governador, mesmo as mais polêmicas como a da reforma administrativa, foram votadas e aprovadas pelos deputados de sustentação do governo. O presidente Nicolau Júnior destacou que independente de um parentesco entre os dois, sempre primou pela ética, humildade e honestidade como presidente da casa e elogiou a postura do governador Gladson Cameli em face de demandas humanistas e de fácil resolução.
“O governador nunca fugiu da comunicação com os deputados da base, portanto, de hoje em diante, devemos nos posicionar de forma diferente e exigir mais respeito com nossos colegas a fim de estreitar laços de união entre esta casa, governo e os poderes constituídos, pois o momento é delicado e não podemos deixar o estrelismo tomar conta do ego de dois ou três secretários que acham que mandam mais do que o governador”, comentou.
Nicolau lamentou o fato de que esses secretários ainda não tenham percebido que eles são o elo de comunicação entre governo e os interesses dos deputados da base, da população e dos poderes Executivo e Judiciário. Lembrou ainda que o momento é delicado e requer respeito às bases aliadas por meio de um processo de mudança, com métodos ativos, dialógico e participativo.