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Política

Mônica Feres afirma: “vamos fazer a saúde chegar aos quatro cantos do Acre”

A secretária de Estado de Saúde do Governo do Acre, médica Mônica Feres, deixou a Assembleia Legislativa no início da tarde desta terça-feira (9),

em Rio Branco, sob muitos elogios dos deputados, inclusive os de oposição. Ela esteve na comissão de saúde do Legislativo a convite do deputado Jenilson Leite (PC do B), que é médico e membro do colegiado presidido pelo deputado José Bestene (PP).

Os dois parlamentares foram os que mais elogiaram a segurança da secretária ao detalhar seu plano de ação para resolver os problemas da pasta, apontada até aqui pela população, o que é reconhecido inclusive pelo governador Gladson Cameli, como uma das mais problemáticas do atual Governo. “Isso aqui mostra que nós, deputados, também estamos preocupados com a questão da saúde, para que o sistema funcione. Esta é a intenção de todos os deputados e a secretária, assim como todos os membros da comissão de saúde, principalmente o proponente do convite, está de parabéns pela clareza e firmeza de suas posições na busca de solução para os graves problemas do setor”, disse José Bestene.

“Aceitei o convite para vir à Assembleia com muito prazer e acho que é importante para quem quer fazer uma gestão transparente porque, como secretária, não vou poder fazer nada sozinha”, disse Mônica Feres, após o encontro. “Precisamos do apoio de quem representa a sociedade e também quem fiscaliza. Estamos muito focados na gestão e acho que a intenção de todo mundo aqui é fazer a saúde chegar nos quatro cantos do Acre”, acrescentou.

De forma franca, a secretária disse que, ao chegar no governo, há cerca de um mês, não encontrou um plano de saúde estratégico. “Eu acho que não havia mesmo porque, por exemplo, com o Pronto Socorro do jeito que estava sendo porta de entrada de toda a complexidade de patologias e com o serviço, que deveria ser primário, abaixo da Secretaria e o posto de saúde não abarcam todos os pacientes, com um fluxo totalmente caótico da saúde”, disse. “Era um lugar onde os serviços realmente não funcionavam e agora vão funcionar”, afirmou.

Mônica Feres recusou-se a confirmar ou não declarações anteriores do governador Gladson Cameli sobre a existência de um cartel dentro da secretaria de Saúde. Disse que seu compromisso é com a parte técnica e que, já neste primeiro mês no cargo, constatou que, no órgão, há pessoas que querem trabalhar e outras que não querem. “Quem tem compromisso e vontade de fazer boa saúde, vai fazer parte do Governo. Quem não tem, não terá espaço”, disse a secretária ao admitir que a prioridade de sua administração será o SUS (Sistema Único de saúde). “Todas as nossas ações estão inseridas no compromisso de fazer saúde através do Sus”, afirmou. Ainda esta semana deve sair uma lista de pessoas exoneradas de cargos de confiança na pasta.

O atendimento básico de saúde, de acordo com a secretária, será municipalizado. Isso significa que as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) passariam para a administração das prefeituras. Quando foi lembrada de que a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, manifestara-se contra a medida, dizendo que não aceitaria a ideia, a secretária foi enfática: “isso não depende dela. É o que está na lei e nós vamos cumprir a lei. Não está no querer dela”.

O deputado Jenilson leite, autor do convite à secretária para que ela falasse aos deputados, disse ter ficado satisfeito com o que ouviu. Segundo ele, se a secretária pôr em prática o planejamento demonstrado aos parlamentares, o atual governo tem tudo para fazer uma boa gestão no sistema estadual de saúde. “É o que eu espero”, disse.

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