Na sessão desta terça-feira, 10 de setembro, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Michelle Melo (PDT), fez uma contundente crítica à gestão da prefeitura de Rio Branco, apontando a falta de competência do prefeito Tião Bocalom e denunciando a interferência de “forças ocultas” na administração municipal.
Durante seu discurso, a parlamentar destacou a gravidade da situação enfrentada por mais de 500 profissionais da educação que tiveram seus contratos cancelados durante o período eleitoral, o que, segundo ela, deixou as salas de aula sem professores, comprometendo o ensino infantil e especial. “É tanta a má gestão e a incompetência que a gente precisa, inclusive, ouvir, através das redes sociais e da mídia, a própria secretária de educação municipal fazendo um desabafo”, afirmou.
A pedetista criticou duramente a decisão do prefeito de revogar uma portaria assinada pela secretária de educação que instituía uma comissão para resolver a questão dos contratos temporários, enfatizando que a atitude do prefeito foi de “total autoritarismo, como se a prefeitura fosse o quintal da casa dele”. A deputada também questionou as “forças ocultas” mencionadas pela secretária que, segundo ela, estariam impedindo a resolução dos problemas na educação municipal.
A parlamentar levantou ainda suspeitas sobre as reais intenções do prefeito ao não solucionar o problema dos contratos temporários em maio de 2024, sugerindo que ele estaria utilizando a situação como uma estratégia eleitoral. “Para mim, o que ele quer é negociar com os provisórios, é dizer, ‘olha, eu resolvi agora. Se não fosse por mim, vocês estariam fora. Então agora vote no bom velhinho’. Para mim é isso que ele está fazendo”, afirmou a deputada.
Ao finalizar, Michelle Melo pediu que o prefeito e a secretária de educação, Nabiha Bestene, venham a público esclarecer as decisões tomadas e revelar quais são as “forças ocultas” que estariam influenciando a administração municipal. “O servidor público merece respeito. Nossas crianças merecem respeito. Os profissionais da educação merecem respeito. O Rio Branco merece respeito”, concluiu.