Na manhã desta quinta-feira (12), membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Consignados
, da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), se reuniram para estabelecer as etapas do processo de investigação sobre possíveis irregularidades cometidas por bancos e financeiras.
A Comissão vai apurar casos de excessos, ilegalidades, ações de má fé e transgressões cometidas por bancos e instituições financeiras contra servidores públicos estaduais, municipais e aposentados em todo o Estado.
Durante a reunião foram traçadas estratégias a serem seguidas pela Comissão. De acordo com dados apresentados durante o encontro, cerca de 60% da folha de pagamento do Estado, o equivalente a R$ 90 milhões, ficam retidos nos bancos devido ao elevado número de empréstimos consignados.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) que preside a CPI pontuou que o crédito consignado é de fácil acesso e representa risco zero à financiadora, uma vez que é debitado diretamente na conta do servidor, com isso, os bancos oferecem todo tipo de facilidade para que esses trabalhadores tenham acesso a esse dinheiro, os deixando totalmente endividados.
“Além de toda essa problemática com os funcionários públicos, ainda temos casos envolvendo os aposentados. Recebemos denúncias de que, no interior, idosos teriam sido ludibriados por funcionários de bancos. Isso é grave e precisa ser investigado”, alertou.
A CPI dos Consignados vai trabalhar em conjunto com outros órgãos jurídicos e de defesa do consumidor. Fazem parte da Comissão: Wagner Felipe (BPL), Edvaldo Magalhães (PCdoB), Chico Viga (PHS), Antônio Pedro (DEM), Roberto Duarte (MDB).