Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa realizaram na tarde desta segunda-feira (19), uma Audiência Pública com a presença de empresários do Estado.
O encontro aconteceu no auditório da Federação do Comércio do Estado do Acre (Fecomércio).
Com a presença de representantes dos industriários e comerciantes, a Audiência Pública realizada pela CPI da Energisa, formada por deputados estaduais do Acre, foi uma oportunidade para ouvir os anseios da classe e sugestões para futuras iniciativas do grupo. O presidente da Comissão, deputado Daniel Zen (PT) pontuou os passos que estão sendo dados na investigação.
"A metodologia da CPI é dividida em quatro etapas: a primeira foi de visitas institucionais e requerimentos solicitando informações. A segunda etapa é justamente essa com a realização de audiências públicas. Na terceira etapa visitaremos o Tribunal Regional Federal da 1° Região para requerer a revogação do efeito suspensivo movido pela Energisa, que contesta a decisão de suspender o aumento da tarifa no Acre", explicou.
A quarta etapa da investigação será de requerimento de informações complementares endereçado a Energisa. O superintendente da Fecomércio, Deywerson Galvão, destacou que o valor justo da energia é uma necessidade dos comerciantes e que a Instituição vai contribuir para que a CPI obtenha resultados positivos.
"Sabemos que esses aumentos recorrentes são um alerta à sociedade para verificarmos a real condição e obtermos um valor justo cobrado. Precisamos colocar isso na mesa e realizar as possíveis discussões. A Federação do Comércio vai caminhar junto em busca dessa resolução. Estaremos sempre de portas abertas para essas discussões", frisou.
O presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), João Paulo, parabenizou a Aleac pela iniciativa da CPI. Ele pontuou que um dos problemas do alto custo da energia também é decorrente da carga tributária. Ele destacou também outros pontos a serem discutidos.
"Esse é um assunto que afeta diretamente a população acreana. A carga tributária também é alta. Temos os problemas do interior, não temos redes que levam energia de boa qualidade. Nossa energia é falha. Toda essa questão tem que ser discutida e precisamos encontrar uma solução. Não é fácil produzir e gerar emprego, com esses gastos excessivos fica ainda mais complicado".
O Relator da CPI, deputado Cadmiel Bomfim disse que a investigação está numa fase avançada e que a participação da população, industriários e comerciantes é essencial para que o processo seja ainda melhor elaborado. "Já falamos com a população, agora conversamos com comerciantes e industriários. Tudo isso é essencial para chegarmos a um bom resultado. A energia cara muitas vezes acarreta até mesmo demissões. Se não fizermos nada agora, iremos regredir. As pessoas não vão querer investir em um Estado onde o custo da energia é tão elevado como o nosso. Esperamos ter um resultado satisfatório para todos", exclamou.
Participaram da Audiência os deputados: Daniel Zen (PT), Cadmiel Bomfim (PSDB), José Luís Tchê (PDT), Roberto Duarte (MDB) e Edvaldo Magalhães (PCdoB).
O presidente da CPI, Daniel Zen finalizou a Audiência pontuando os problemas já diagnosticados e os pontos que estão sendo investigados. Ainda este mês os membros da Comissão irão à Brasília apresentar parte da investigação.