Na sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira (29), a deputada Maria Antônia (PP) falou sobre a crescente onda de violência contra mulheres no Acre, expressando sua indignação em relação ao recente assassinato de uma jovem, brutalmente esfaqueada na frente de seu filho.
“É inacreditável que, em pleno século XXI, a violência contra as mulheres ainda seja uma realidade tão crua e devastadora em nosso Estado”, declarou, visivelmente emocionada. A parlamentar ressaltou que essa não é uma ocorrência isolada, citando também um caso recente de violência em Feijó, que reflete uma tendência alarmante de brutalidade.
Com um discurso firme, Maria Antônia repudiou as ações dos agressores, descrevendo-os como “monstros” que precisam ser responsabilizados por suas atrocidades. “É necessário que haja uma transformação na mentalidade dessas pessoas que perpetuam tamanha crueldade. Não podemos aceitar que essa violência se torne uma norma em nossa sociedade”, enfatizou, convocando os colegas a unirem forças em busca de soluções eficazes e urgentes.
A deputada também se manifestou sobre a recente declaração da Ministra dos Direitos Humanos, que restringe o reconhecimento da lei 14.736/2023, que versa sobre a pensão especial aos filhos de afetados com hanseníase, apenas às pessoas isoladas em hospitais e colônias, excluindo aqueles que viveram situações semelhantes nos seringais. “Esse pensamento precisa ser revisto. Não podemos deixar que a dor e o sofrimento de tantos que foram isolados em condições inumanas fiquem sem reconhecimento”, pediu, instando a ministra a considerar todos os que sofreram com o isolamento.
Concluindo sua fala, Maria Antônia parabenizou o movimento nacional que defende os direitos das pessoas afetadas e garantiu seu compromisso em lutar por justiça e dignidade para todas as vítimas de violência. “Não vamos descansar até que cada uma dessas histórias tenha um desfecho justo e que nossos direitos sejam respeitados”, finalizou, reforçando sua determinação em ser a voz das mulheres e das comunidades marginalizadas no Acre.