O senador Márcio Bittar (MDB-C) cobrou, na tarde desta segunda-feira 12, em discurso na tribuna do Senado
, mais compromisso e mais debate do Congresso Nacional em defesa da vida do ser humano no país, porque, segundo ele, parece que os representantes do povo brasileiro – deputados e senadores – estão dando mais valor à vida animal ou vegetal do que aos homens e mulheres que vêm morrendo a média de cem mil pessoas ao ano. “Esses são números de uma guerra civil e eu não vi, mesmo aqui no Senado, debates mais aprofundados em relação a esses números”, disse o senador acreano.
O discurso foi feito como cobrança aos demais senadores e ao Congresso Nacional para debater e aprovar o projeto anticrime, de autoria do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, que está em tramitação no Senado. Para Márcio Bittar, é preciso mudanças urgentes na legislação penal brasileira porque nas ruas do Brasil estão sendo registradas matanças de uma guerra.
Segundo o senador, são mais de 65 mil mortes violentas no país e pelo menos outras 40 mil por ano em acidentes de trânsito. “Os acidentes de trânsito diminuíram nos últimos anos, mas vêm acontecendo ainda de forma muita alta neste país e é preciso que façamos alguma coisa para barramos esta guerra”, disse.
Márcio Bittar também criticou o discurso da preservação ambiental, que ele chama de “ditadura do pensamento único”, que patrocina debates em defesa da vida animal e vegetal, enquanto índios perambulam bêbados pelas ruas das cidades do Norte do Brasil. “São índios que vivem perambulando, pedindo esmolas nas ruas de Rio Branco, de Sena Madureira, de Porto velho, de Roraima e Manaus e o debate, pelo menos o que foi registrado nos últimos 30 dias, é se houve aumento ou não de derrubadas de árvores na Amazônia”, afirmou.
O senador concluiu o discurso dizendo que é preciso valorizar a vida humana porque a impressão que está sendo registrada no Brasil é de que a vida de um animal doméstico, um bicho de estimação, tem mais valor que a de um homem ou uma mulher. “Nós estamos perdendo muito tempo em debater se houve ou não derrubada na Amazônia, enquanto o povo na região passa fome e as ruas registram números de uma guerra civil”, apontou.
Da Assessoria