Nos primeiros sete meses de 2019, foram confirmados 72 casos de caxumba em Cruzeiro do Sul, interior do Acre.
De acordo com a saúde municipal, o maior número de casos é registrado nas unidades de ensino.
Só no Instituto Federal do Acre (Ifac), mais de 20 alunos foram acometidos com a caxumba durante o primeiro semestre deste ano e início do mês de julho.
Para identificar os pacientes, equipes da Secretaria Municipal de Saúde fazem visitas nas unidades de ensino e orientam sobre os cuidados com a doença que afeta principalmente os adolescentes.
“Essas crianças estão pegando a caxumba agora porque no início da vida delas, tomaram a dupla viral e ainda não tomaram tríplice viral, que deve ser aplicada a partir dos 13 anos. Então, é essa faixa etária que está pegando”, esclarece o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Nicolau Abdalah.
Nas escolas Craveiro Costa e no Colégio Militar também foram identificados estudantes com a doença. A Secretaria de Saúde recomenda que os pacientes que tiverem caxumba procurem um médico e evitem o contato direto com outras pessoas para não causar a transmissão.
“A primeira coisa que o aluno deve fazer quando está com caxumba, é não ir à escola e ir a uma unidade de saúde para ser medicado e ter repouso. Porque a transmissão é muito rápida e se dá por gotículas de saliva. Um exemplo: se um colega toma água em uma garrafinha e está com caxumba, mesmo sem sintomas expostos, e compartilha essa garrafa, já vai infectar o outro”, alerta Abdalah.
A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas salivarias e não mata, mas em 1% dos pacientes masculinos pode ter consequências mais complicadas, causando o inchaço dos testículos.
O coordenador da Vigilância Epidemiológica chama a atenção para os pais manterem o calendário de vacina de seus filhos sempre atualizado para evitar a doença.
“Temos que enfatizar que, se uma criança tem o esquema vacinal atualizado desde o início da vida, ela não vai ser acometida com essas doenças. Mas, aqui em Cruzeiro do Sul, não há o costume de tomar essas vacinas e quando aparece a doença, todo mundo vai para as unidades, mas o calendário da saúde não disponibiliza para todo mundo fora do esquema vacinal”, explica o coordenador.
Portal G1/AC