A Câmara Municipal de Rio Branco voltou a ser palco da luta dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Combate às Endemias (ACEs), que ocuparam novamente o plenário em protesto contra a tentativa da Prefeitura de desmantelar o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria. A denúncia foi feita por representantes da Assermurb e reforçada pelo vereador André Kamai (PT), que vem assumindo a linha de frente em defesa dos trabalhadores.
Durante a reunião com os servidores, o parlamentar classificou a manobra do prefeito Tião Bocalom (PP) como uma “estratégia de desconstrução disfarçada”, que utiliza o piso nacional como justificativa para não aplicar as progressões do PCCR. “A Prefeitura está reduzindo a remuneração através do argumento do piso. O piso é um direito mínimo, não um teto. O trabalhador não pode ser condenado a ganhar para sempre dois salários”, afirmou Kamai.
O presidente da Assermurb, José Augusto, reforçou que o piso é verba garantida por emenda constitucional e não substitui os direitos já conquistados. “Nós temos o piso e temos o PCCR, que é uma lei municipal construída com os trabalhadores. O que o prefeito quer é acabar com a nossa progressão, com o nosso direito à valorização profissional”, declarou.
Kamai defendeu que o Legislativo precisa reagir com firmeza. “Não dá mais para aceitar o jogo de enganação da gestão. Se for preciso, vamos travar a pauta e exigir respeito à categoria. Essa luta é justa e simboliza a resistência de quem não se dobra à opressão”, concluiu o vereador.
O clima na Câmara é de tensão e resistência, mas também de esperança. A mobilização dos servidores e o posicionamento firme de parlamentares como Kamai reacendem a chama da luta popular por dignidade e valorização do trabalho público.