Gladson Cameli evita falar sobre filiação ao PSDB e diz que elegeu prioridades para governar o Acre
O governador Gladson Cameli (licenciado de seu Partido, o PP) conversou, no último final de semana, nas escadarias do Palácio Rio Branco, a sede do governo estadual, com a reportagem do site Amazônia Agora. O assunto, claro, acabou descambando para a política. Os principais trechos da conversa vão publicados a seguir:
Governador, apesar das críticas, inclusive de pessoas e setores da política que o ajudaram a se eleger governador, o senhor mantém o apoio à senhora Socorro Neri como candidata à reeleição na Prefeitura de Rio Branco?
Gladson Cameli – Sim, e não vejo motivo para mudar. Não vejo porque mudar o que já foi dito. Quem foi que disse que não posso fazer isso? Todo mundo é de maior, vacinado. Minha preocupação, no momento, não é com a política em si. É começarmos um trabalho para que, daqui há um ano, a gente possa diminuir – senão acabar – com os altos índices de violência contra a mulher e acabar com esta vergonha de o Acre ser o Estado brasileiro onde mais há óbito de mulheres vitimadas pela violência dos homens.
Então, nada mais significativo nisso do que o apoio declarado a uma mulher na corrida pela Prefeitura da Capital?
Pois é… A Socorro vem fazendo um bom mandato e por isso eu a apoio. E volto a dizer: cada um é de maior, vacinado e faz politicamente o que achar melhor…
E a sua filiação ao PSDB, que já foi anunciada, vai ou não acontecer?
Eu ainda não conversei sobre este assunto e estou procurando fazer as coisas com muita cautela. Sinceramente, eu elegi prioridades. E a minha grande prioridade é, com apoio da sociedade e instituições, conseguirmos baixar esses índices de violência contra a mulher.
E quantas pessoas ainda vão morrer pelo Covid no Acre? Nós já passamos das 600 pessoas e vamos chegar a quantas mortes?
Eu espero que não ocorra mais nenhuma!
Mas, infelizmente, não é o que o senhor quer…
´É uma situação em que temos um vírus que é muito traiçoeiro. É por isso que eu não tenho parado um só instante na luta para combater esta doença em nosso Estado.
O senhor pegou? Alguém próximo ao senhor pegou a doença? O senhor tem medo de pegar?
Eu não tenho medo. Penso que seja feita a vontade de Deus. Mas estou me precavendo. Estou indo à frente para que o Acre não fique para trás. Quando a vacina chegar no Brasil, quero que o Acre seja um dos primeiros a receber para que a gente possa começar a vacinar o nosso povo. É por isso que eu digo: uma das minhas prioridades hoje é que esta vacina chegue e que a gente possa vencer e salvar vidas e que não venhamos a aumentar o número de mortos.
Quais são as informações que o senhor tem sobre a vacina? Ela já está pronta, já está sendo testada…?
Tive informações de que a Rússia já começou a vacinar. No Brasil, pelo que sei, o Instituto Butantã, com o apoio do Ministério da Saúde, muito provavelmente ate o próximo dia 20 de outubro a Anvisa concede o certificado da vacina para que comece a ser distribuída aos estados. Aí eu quero estar lá batendo na porta para trazê-la ao nosso Estado.
O senhor acha então que só a vacina resolve?
Não, a população tem quem fazer sua parte. Todo mundo é consciente, é de maior e sabe de suas responsabilidades. A responsabilidade maior é minha mas é uma situação em que todos têm que se ajudar.