O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Gehlen Diniz (PP), frisou na sessão desta quinta-feira (5) que o projeto de lei de autoria do deputado Chico Viga (PHS), que obrigava a Energisa a trazer impressa na conta de energia ou em folha anexa a fotografia do equipamento de aferição no momento da leitura do consumo correspondente ao período faturado, foi vetado pelo Poder Executivo e não por ele.
Quanto a troca de pareceres argumentada pelo deputado Chico Viga, o progressista disse que não teve culpa e pediu que o colega procurasse a secretaria de assuntos jurídicos da Aleac para verificar os motivos que levaram a troca de papeis.
“Infelizmente, Chico Viga fez uma acusação grave dizendo que eu estou legislando em favor da Energisa. A orientação para a base é pela manutenção do veto do Executivo. O projeto foi analisado por uma Comissão Especial e, como relator, apresentei um parecer pela manutenção do veto e este mesmo parecer foi derrubado na comissão. Agora, se chega para votação um parecer pela manutenção do veto, se houve uma falha técnica, o que eu tenho a ver com isso?”, indagou.
O progressista lembrou ainda que o veto ao PL foi mantido com o voto de 13 deputados estaduais. “Dizer que eu sou o único responsável pela manutenção do veto é um absurdo, não consigo derrubar e tampouco manter um veto sozinho. Não joguem isso para cima de mim. Se o deputado Chico Viga está insatisfeito então que procure as pessoas que erraram, que erraram, inclusive, sem maldade alguma, eu acredito que não foi intencional. Só não joguem a culpa em mim”, complementou.
Gehlen Diniz também respondeu ao comentário do deputado Fagner Calegário (PL) à respeito da ausência dos parlamentares na sessão e por ter citado a operação Monturo, realizada pela Polícia Federal, que investiga possíveis falhas em contratos de recolhimento e descarte de lixo hospitalar firmados pela Sesacre.
“O deputado falou da Operação da Polícia Federal nas ruas e da ausência dos deputados. Primeiramente, quero ressaltar que a investigação é de contratos de 2017 e 2018, ou seja, do governo anterior. O deputado Calegário já veio aqui na tribuna recentemente fazer graves acusações, mas não citou nomes e nem trouxe provas, colocando o governo sob suspeição. O deputado apresenta nomes ou provas ou se passará por mentiroso”, concluiu Diniz.