Durante a sessão desta terça-feira na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Fagner Calegário (Podemos) fez uma denúncia séria em relação a pressão exercida sobre servidores públicos do governo estadual e da prefeitura de Rio Branco em relação à eleição para a presidência da OAB/AC. De acordo com o parlamentar, advogados e funcionários públicos estão sendo coagidos a votar em uma chapa que não representa seus valores ou convicções, interferindo diretamente na autonomia do processo eleitoral.
Calegário se solidarizou com os servidores que estão sofrendo essa pressão e enfatizou que a Ordem dos Advogados do Brasil deve se manter livre de qualquer interferência externa. “Nossa ordem não pode sofrer interferência externa, nem ser alvo daqueles que nem dela participam”, declarou o deputado. Ele frisou que o papel da OAB é zelar pela liberdade, democracia e autonomia, princípios que não podem ser comprometidos por interesses políticos ou pessoais.
O parlamentar também destacou a importância de que todos os advogados votem com consciência e convicção, sem medo de represálias. Ele fez um apelo para que o processo eleitoral da OAB/AC seja conduzido de maneira ética e justa, respeitando a liberdade de escolha dos seus membros. “Votem tranquilos, votem com a consciência, votem com o coração”, afirmou Calegário, lembrando que a escolha deve refletir a vontade individual, sem influência de terceiros.
Calegário ainda se colocou à disposição para receber denúncias formais de coação ou abuso de poder em relação ao processo eleitoral, reforçando o compromisso de proteger os direitos dos servidores e advogados que estejam sendo pressionados. “Estou à disposição, caso alguém queira formalizar alguma denúncia”, disse ele, mostrando apoio total àqueles que se sentem ameaçados ou prejudicados.
Por fim, o parlamentar reforçou que todos devem defender as chapas em que acreditam, sem interferências externas ou interesses ocultos. Ele citou outros parlamentares que também apoiam suas respectivas chapas, mas sem coação ou imposição. “Assim como eu defendo a minha chapa, o deputado Pedro Longo defende a dele, e o deputado Eduardo Ribeiro a que acredita. Que a gente possa votar com nossos convencimentos e sem a digital daqueles que têm interesse escuso no processo”, concluiu Calegário, deixando claro que a integridade do processo deve ser preservada em prol da democracia.