Durante sessão on-line desta quarta-feira (22), o deputado Edvaldo Magalhães (PC do B) questionou a mensagem de veto parcial encaminhada por Gladson Cameli (PP) ao projeto de lei de sua autoria, que suspende o cumprimento de obrigações financeiras referentes a empréstimos consignados contraídos por servidores públicos estaduais durante o período de 90 dias.
O artigo vetado pelo governador é o que trata do prazo de suspensão estabelecido que poderia ser prorrogado por igual período ou enquanto durar o estado de calamidade pública e, as parcelas que ficarem em aberto durante este período, deveriam ser acrescidas ao final do contrato, sem a incidência de juros ou multas.
Ao criticar a postura do governador, o oposicionista disse que Gladson veta justamente a alma do projeto, tirando seu sentido principal. “A decisão dos deputados foi desrespeitada. Ele pode vetar? Pode. Só não pode deixar de dizer a verdade uma vez que ele não promulgou o PL e tampouco o publicou no Diário Oficial, medida necessária para validar a lei”, disse.
Ainda de acordo com o comunista, ao vetar o artigo do PL, o governador joga os servidores na boca do jacaré. Magalhães fez ainda um apelo aos parlamentares. “O que me causa surpresa é a perversidade do veto que tira do projeto o seu sentido principal. Os bancos querem renegociações. A alma do projeto é por conta da pandemia, dos que estão sofrendo, como os servidores com despesas a mais. O governador está jogando os servidores na boca do jacaré, pois eles terão que arcar com os juros e multas”, complementou.
Magalhães finalizou seu discurso fazendo um apelo aos colegas parlamentares. “Faço um apelo a cada deputado que votou favorável à essa matéria para que nos mantenhamos firmes, que fiquemos do lado do servidor. Nós precisamos derrubar esse veto. Que digamos “não” ao abraço aos bancos e “sim” à solidariedade aos servidores”, finalizou.