Na sessão desta terça-feira, 13 de agosto, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez um pronunciamento em defesa dos trabalhadores da educação. Em sua fala, ele criticou duramente o governo estadual por aquilo que considera “a maior covardia da história da educação”, referindo-se à redução do percentual de interstício de 10% para 7%, medida que, segundo ele, golpeou os aposentados e prejudicou as expectativas dos profissionais em atividade.
O parlamentar relembrou que desde o final da década de 1980, quando foi conquistado o plano de cargos e salários da educação durante o governo de Flaviano Melo, nenhum governo anterior havia ousado atacar a espinha dorsal desse plano. “Nenhum governo tinha ousado golpear a espinha dorsal do plano de cargos e salários da educação. Nenhum!”, enfatizou.
O oposicionista também acusou o governo de não cumprir com as promessas feitas à categoria, mencionando um acordo assinado por diversas autoridades, comprometendo-se a restaurar as perdas salariais em janeiro do ano seguinte. “Pela segunda vez, mentiram para a educação. Não fizeram!”, exclamou, referindo-se à falta de ações concretas por parte do governo.
O deputado destacou ainda que, em audiência pública realizada há três semanas, o sindicato Sinteac apresentou números que, segundo ele, deixaram o secretário de educação “sem saída”. No entanto, apesar das evidências apresentadas, o governo teria mais uma vez falhado em atender as demandas dos trabalhadores. “Na terceira vez, aqui, diante da Assembleia, disseram não. A gente está só esperando a arrecadação do mês de julho”, ironizou o deputado, relatando que a arrecadação superou as expectativas, mas mesmo assim o governo não cumpriu sua parte no acordo.
Ao final de seu discurso, Edvaldo Magalhães fez um apelo aos demais deputados para que atuem como mediadores na busca por uma solução imediata para os problemas enfrentados pelos trabalhadores da educação. “Vamos cumprir esse papel de grandes mediadores nesse momento que a educação precisa de nós. Porque se a gente fizer isso, a gente corrige o erro cometido lá atrás e devolve para a educação aquilo que nunca deveria ter sido retirado deles”, complementou.
Edvaldo Magalhães propôs que, ao final do grande expediente, a Comissão dos Trabalhadores da Educação fosse recebida na Aleac para tratar da mediação e encontrar uma solução urgente para o impasse.