Na sessão desta quarta-feira, 11 de setembro, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) falou sobre a urgência de adotar medidas preventivas para enfrentar os eventos climáticos extremos que têm assolado o estado. Segundo o parlamentar, as ações de estruturação e preparação do efetivo de bombeiros são fundamentais para evitar tragédias maiores no futuro.
O oposicionista destacou que o estado precisa se antecipar aos problemas e criticou a falta de ações efetivas até o momento. “Eu gostaria de abordar um único ponto de tantos que são necessários, mas tem um que eu considero muito importante. Quando você enxerga num momento como esse, que você tem incêndios florestais, você precisa de efetivo. Você precisa de muita gente. Você precisa, inclusive, para evitar chegar neste ponto, tomar medidas de estruturação”, afirmou.
O deputado chamou a atenção para a previsibilidade dos desastres climáticos, mencionando que os períodos entre grandes cheias e secas têm se reduzido. “Todo mundo sabe que já não existe mais espaço de tempo para as grandes cheias e para as grandes estiagens. Reduziu-se esse espaço. Então já está, como missa encomendada, previsto que no próximo março nós teremos uma grande cheia. Bem como está previsto que depois, nesta grande cheia que iniciará em fevereiro e tem seu ápice em março, na sequência vai iniciar uma grande estiagem. Nós teremos uma grande estiagem no ano que vem também”, alertou.
Magalhães lembrou que, no ano passado, especialistas já previam que a enchente deste ano seria maior do que a anterior e que a estiagem seria ainda mais severa. “Quem não se precaveu, quem não se preparou, quebrou a cara. Está correndo atrás do prejuízo”, disse o deputado, enfatizando a necessidade de se aprender com os erros passados.
Diante desse cenário, o deputado propôs uma ação concreta: “O Governo do Estado deveria convocar, de imediato, os bombeiros, homens e mulheres que estão lá no Cadastro de Reserva, para iniciar o curso de formação, para que quando chegar a próxima enchente, pelo menos o curso de formação esteja concluído. E quando chegar a grande seca, pelo menos estejam como efetivos para ajudar no combate aos incêndios que virão no próximo ano.”
Para Edvaldo Magalhães, a convocação imediata é justificada pelos decretos de emergência já publicados e pelos efeitos extremos do clima. “Se não tomar [essa medida] agora, no ano que vem não vai ter efetivo. Porque precisa preparar, precisa formar”, concluiu o deputado, reforçando a urgência de fortalecer as instituições para enfrentar os desafios climáticos futuros.