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Política

Durante posse, governador do Acre diz que vai focar na geração de emprego e correção de falhas

Durante posse, governador do Acre diz que vai focar na geração de emprego e correção de falhas

Posse ocorre neste domingo com sessão na Aleac e em seguida no Palácio Rio Branco

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), ao lado da sua vice, Mailza Assis, tomou posse para o segundo mandato neste domingo (1). A sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) começou às 17h30, com assinatura do termo da posse e também pronunciamento. Cameli é o 18º governador do estado.

Durante o discurso, Cameli destacou que vai ficar na geração de emprego e renda e reforçou ainda que deu 100 dias para que os secretários deem respostas. Também disse que já falou com o presidente Lula e que deve ir à Brasília no próximo dia 3.

Também em seu discurso, ele disse que conta com a união de deputados estaduais e federais. Nas eleições de 2022, Cameli foi reeleito com 56,75% dos votos válidos, ou seja 242.100 votos , contra 24,21%, sendo 103.265 votos de Jorge Viana, PT.

Mailza é a terceira mulher a ser vice-governadora do estado e, quebrando o protocolo, Cameli a agradeceu por ter aceitado o convite e desistido de concorrer à reeleição para Senado. Na Aleac, o governador e a vice fizeram o juramento de compromisso constitucional e assinaramo termo de posse.

Houve também o pronunciamento do presidente da Casa, Nicolau Junior, e todos cantaram o hino do Acre.

“Estamos em contagem regressiva para fazer o que se tem que ser fazer, para gerar emprego e renda para nossa população, respeitar as pessoas e olhar para quem mais precisa, que é o povo que me reelegeu no primeiro turno com quase 57% dos votos e eu não vou decepcionar o povo. Quero diminuir o alto número de desempregados, preciso gerar emprego e renda e melhorar serviços essenciais, corrigir o que precisa ser corrigido na Saúde, Educação e Segurança”, destacou.

governador 001 webGladson Cameli dá prazo de 100 dias para que secretários mostrem resultados — Foto: Reprodução

‘100 dias’

Esta semana, o governador confirmou os nomes dos secretários de estado para seu segundo mandato. Ele chegou a afirmar que cada gestor terá 100 dias para entregar resultados, caso não consiga, será exonerado.

“Não tem esse negócio de esperar e são 100 dias para avançar. Vai ser cobrado. Não vou aguentar as pessoas dizendo que falta recurso por irresponsabilidade do Executivo porque as pessoas não deram conta. 100 dias são 100 dias e não tem segunda chance”, reforçou.

Diálogo com o presidente

Cameli disse ainda que não deve governar sem ideologias políticas e que deve ir à Brasília no próximo dia 3 sentar com o presidente Lula, empossado também neste domingo (1).

“Diálogo com o governo federal é 100%. Dia 3 vou confirmar agenda em Brasília, confirmei minha presença, já conversei com o presidente, pedi apoio. Eu vou olhar o estado, não estou preocupado com ideologia política, não tenho tempo para isso. As urnas foram claras, vou olhar para as pessoas e o presidente já se colocou à disposição. Vou buscar nossa bancada federal, deputados estaduais para que a gente possa avançar e prioridade é cuidar das pessoas e ajudar a vida das pessoas. É pouca conversa e muita ação. O foco agora é avançar”, garantiu.

governador 002 webGladson Cameli assinou o termo de posse neste domingo(1) — Foto: Reprodução/Aleac

Projeções

Antes de ir até o Palácio, Cameli falou com a imprensa sobre o desafio da Saúde e destacou que vai estudar fazer um acordo com as prefeituras, tentando fortalecer e humanizar a saúde primária.

“Saúde é uma secretaria muito complexa, muito grande, onde 94% da Saúde é SUS e problemas sempre vai ter. Quero fazer um acordo junto com as prefeituras, saúde básica para a gente tentar humanizar mais o atendimento e vou acabar com as filas de cirurgia, não me pergunte quando, mas minha prioridade é acabar com as filas de cirurgia. Além disso, colocar as pessoas certas no local certo, diminuir as fragilidades,aumentar a transparência, controle interno para não ter desculpa e cobrar o querem que tem que se cobrar”, destacou.

Terceira mulher a ser vice-governadora do estado, Mailza Assis, disse que o foco é tentar zerar o número de feminicídio do país e destacou a criação da Secretaria de Estado de Assistência Social, da Mulher e dos Direitos Humanos (SEAMD).

Feliz, mas também muita responsabilidade, é uma missão que eu quero cumpri-la com muito zelo, muita honra e ajudar o povo do estado de verdade, do lado do nosso governador. A gente precisa de ações de combate, enfrentamento junto com todas as secretarias. A Segurança Pública tem um papel importante, mas a Educação tem, a Saúde também tem, a secretaria de assistência e secretaria da mulher, que vai ter um olhar voltado para esse público feminino e nós temos uma meta, temos uma missão de diminuir esses índices, quem sabe zerar e vamos conseguir.”

Faixa

Logo após a posse, Cameli se dirigiu até o Palácio Rio Branco para receber a faixa governamental. O público pôde acompanhar presencialmente e também por transmissão ao vivo pelo site do governo.

governador 003 webGladson Cameli empossou secretários neste domingo (1) — Foto: Reprodução

Reforma administrativa

No dia 16 de dezembro do ano passado, Cameli sancionou a reforma administrativa proposta pelo Executivo e aprovada pelos deputados. São 15 secretarias e mais de 1,5 mil cargos em comissão. Antes da reforma, o estado contava com 14 secretarias e cerca de 1,4 mil cargos em comissão. Uma das mudanças inclui a criação da secretaria adjunta da Mulher.

governador 004 webGladson Cameli ao lado de sua vice, Mailza Assis — Foto: Marcos Vicentti/Secom

Trajetória

Gladson de Lima Cameli nasceu em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do estado, tem 44 anos, e, além de político é engenheiro civil e empresário. Ele se mantém em cargos políticos há 15 anos, sendo o primeiro mandato iniciado em 2007 como deputado federal pelo estado acreano. Ele é sobrinho do ex-governador Orleir Cameli, que morreu em 2013.

Em 2011, ele foi eleito novamente deputado federal, onde seguiu por quatro anos e logo em seguida, em 2015, iniciou seu mandato de senador. Porém, deixou o cargo para concorrer às eleições em 2018, quando foi ele 223.993 votos (53,71% dos votos válidos), contra 141.071 (34,54%), de Marcus Alexandre, PT.