Durante a sessão solene realizada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quinta-feira (29), em homenagem à desembargadora Eva Evangelista, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), destacou o privilégio de participar da cerimônia proposta pelo deputado Pedro Longo (PDT), refletindo sobre a importância do momento e a dificuldade de reunir o quórum parlamentar em tempos de arenga eleitoral. O discurso enfatizou o respeito e a admiração que a desembargadora conquistou ao longo de sua carreira.
Magalhães que preferiu não falar como parlamentar, mas como um membro de um “fã clube da desembargadora”, ressaltou a presença quase completa do pleno do tribunal na solenidade. “Quando a gente olha para esse plenário, o coro do pleno, do tribunal, acho que está quase 100% completo aqui”, afirmou, destacando o comprometimento dos presentes em prestigiar a homenagem.
O deputado fez questão de reconhecer o papel extraordinário que Eva Evangelista desempenhou ao longo de sua carreira. “Eu já vivi um pouquinho de tempo também, e testemunhei a desembargadora Eva, como sempre extraordinariamente boa no trato”, disse, deixando claro o impacto positivo da magistrada na vida pública do Acre.
Ele destacou ainda a incisividade da magistrada na defesa dos direitos humanos e das mulheres. Segundo ele, Eva Evangelista “sacudiu o plenário” ao exigir ações concretas no combate ao feminicídio, sendo uma voz firme em tempos difíceis. O parlamentar também relembrou a atuação da desembargadora em uma audiência pública, onde ela “chamou a atenção do parlamento” para a necessidade de um programa que enfrentasse essa grave questão.
O parlamentar também compartilhou um momento marcante de sua trajetória política, quando a magistrada afirmou que “eles têm o direito de falar, e nós temos a obrigação de ouvir”. Essa declaração, segundo o deputado, permanece viva em sua memória, simbolizando a postura acolhedora e atenta da desembargadora em relação aos movimentos sociais, mesmo quando esses eram vistos com preconceito.
Por fim, Edvaldo Magalhães comparou a jornada de Eva Evangelista à abertura de “veredas em mata-bruta”, destacando as dificuldades enfrentadas por ela ao longo de sua carreira. “Abrir caminhos hoje é mais fácil, mas quem abre primeiro é mais difícil”, afirmou Edvaldo, ressaltando a escolha de vida da magistrada em prol dos mais desfavorecidos e elogiando sua trajetória exemplar.