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Política

Deputado Jenilson Leite diz que Saúde retrocedeu 15 anos em um

A falta de medicamentos e a suspensão dos procedimentos de quimioterapia e radioterapia no Hospital de Câncer do Acre (Unacon) foi o tema do discurso feito pelo deputado Jenilson Leite (PSB) durante sessão desta terça-feira (11). O parlamentar salientou que os problemas na Saúde não são atuais, no entanto, só pioraram na atual gestão.

“Recebemos hoje pais de crianças que tem câncer, médicos e demais servidores do Unacon e gestores da Fundhacre para debatermos sobre essa problemática que tanto preocupa os acreanos. Houve um tempo em que no Acre quem era diagnosticado com câncer fazia tratamento somente fora do Estado. As coisas foram evoluindo e se instituiu o tratamento aqui com quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica. Só que após um tempo esse serviço começou a se deteriorar, deixando de funcionar adequadamente”, pontuou.

Jenilson seguiu dizendo que a situação no Unacon chegou ao ponto de faltarem remédios, os aparelhos de radioterapia e quimioterapia ficarem parados por falta de manutenção e reiterou que até mesmo as cirurgias oncológicas, que ainda são realizadas no Hospital, correm o risco de serem suspensas. Também criticou a vinda do que ele classifica como “coronéis da saúde” para gerir a Sesacre e afirmou que o fato serviu apenas para travar os avanços e prejudicar o que já havia sido conquistado.

“Vejam só onde chegamos. Os médicos dizem que não sabem mais o que fazer. O ano passado foi um ano perdido na Saúde do Acre, a vinda dos coronéis para cá atrasou um processo que tinha começado a ser restaurado no Unacon e nós precisamos fazer com que esses serviços sejam entregues aos acreanos” disse.

O parlamentar destacou que os problemas no Unacon não são novos, mas que o atual governo tem a responsabilidade de entregar à população aquilo que é de sua responsabilidade. Ele também indagou se não há um decreto de estado de calamidade na Saúde, para que seja dispensada a realização de licitação para aquisição dos remédios administrados no tratamento contra o câncer.

“Retrocedemos 15 anos em um. Não tem um decreto de estado de calamidade na Saúde para dispensar licitação e adquirir esses medicamentos com mais rapidez? Estamos à disposição para ajudar no que for da competência desta Casa para que o serviço de combate ao câncer volte a funcionar. É muito triste uma pessoa receber um diagnóstico como esse e não ter o direito de se tratar próximo da sua família”, concluiu.