..::data e hora::.. 00:00:00

Política

Daniel Zen expõe prejuízos para os servidores públicos com reajuste proposto pelo governo

Daniel Zen expõe prejuízos para os servidores públicos com reajuste proposto pelo governo

O assunto de ontem, quarta-feura (16) na sessão ordinária de hoje da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (ALEAC) prosseguiu sendo a polêmica em torno da proposta de reajuste salarial dos servidores públicos do Poder Executivo, anunciado pelo governador Gladson Cameli (PP-AC) na última sexta-feira, 11.

O deputado Daniel Zen (PT-AC) subiu, novamente, à tribuna para fazer uso da palavra e destrinchar os aspectos negativos constantes na proposta governamental:

“Ao invés de aplicar os 33,24% – determinados pela Lei do Piso Nacional do Magistério – à todas as referências iniciais, de todas as tabelas do PCCR da Educação, o Governo aplicou esse percentual apenas na referência inicial (Letra A) da tabela do Professor P1, de nível médio. Na tabela do Professor P2, de nível superior, esse percentual cai para um número aleatório, de 26,55%, para a Letra A; e segue caindo até chegar a 8,97%, na Letra J. Se for considerado o valor do auxílio-alimentação, a distorção piora ainda mais: o incremento salarial começa em 44,03% e vai caindo até chegar em 17,77% para quem está no final da tabela.”

Segundo o deputado, a proposta do governo traz consigo uma série de retrocessos em relação às conquistas já obtidas pela categoria em negociações salariais de anos anteriores: “Nela, o incremento salarial existente entre cada uma das referências (letras) da tabela salarial, que é concedido na hora das progressões funcionais (puladinha de letra), que hoje é de 10% da referência inicial, cai para 6,54%.”

Ainda segundo o parlamentar de Oposição, caso tal proposta seja aprovada da forma como fora apresentada, “a diferença do salário em início de carreira de um Professor P1, de nível médio, para um Professor P2, de nível superior cai dos atuais 39% para apenas 5%. A diferença do salário no início de carreira do Professor P2 para o salário do final da carreira, que hoje é de 90%, cai para 63%. E o salário do Professor Provisório, de nível superior, que é igual a 90% do salário do Professor P2, em início de carreira, vai ficar menor do que o salário do Professor P1, de nível médio. Não há lógica nenhuma em uma proposta que traz mais malefícios do que benefícios”, afirmou Zen.

Ao retornar a tribuna, durante o grande expediente, para abordar o assunto da convocação dos aprovados no último concurso da SEE/AC e que se encontram em cadastro de reserva, aguardando por suas convocações, o sistema que transmite o áudio do plenário para as galerias apresentou uma falha, impedindo os manifestantes de ouvir o discurso.

“Oficialmente, disseram que as caixas de som da galeria queimaram. Extra-oficialmente, eu creio que me boicotaram”, sugeriu Zen.