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Política

Coordenador de fiscais partidários é preso por suspeita de corrupção eleitoral no interior do AC

Coordenador de fiscais partidários é preso por suspeita de corrupção eleitoral no interior do AC

Segundo a Polícia Civil, coordenador agia em parceria com uma servidora da Educação do município de Feijó e, juntos, prometiam combustível, cestas básicas e outros benefícios em troca de votos

Um coordenador de fiscais partidários foi preso em flagrante em Feijó, interior do Acre, nesta quinta-feira (29) por suspeita de corrupção eleitoral. A Polícia Civil recebeu denúncias de que o suspeito agia em parceria com uma servidora da Secretaria de Educação da cidade e prometia benefícios como cestas básicas e combustíveis em troca de votos para o candidato à reeleição a deputado estadual Marcus Cavalcante (PDT).

O g1 entrou em contato com o candidato e também a presidência do PDT e aguarda retorno. A reportagem tentou contato com a Secretaria de Educação e não obteve retorno.

Na manhã desta quinta, as equipes policiais descobriram que o coordenador estava de saída de barco para o Seringal Canadá, zona rural de Feijó, com uma segunda pessoa para fazer boca de urna a mando dessa servidora da Educação.

Na embarcação, os policiais encontraram ‘santinhos’ de Marcus Cavalcante, da candidata a deputada federal Meire Serafim e aguarda retorno. A coordenação de campanha do candidato a Senador Alan Rick (União Brasil) informou que o material de campanha está disponível gratuitamente para toda a população nos comitês instalados nos municípios. Informou ainda que não adota, nem coaduna com práticas ilegais, portanto, não tem ligação alguma com o fato do qual teve conhecimento através da imprensa.

O delegado responsável pelas investigações, Railson Ferreira, disse que, apesar de terem sido encontrados santinhos de outros dois candidatos, os elementos colhidos até o momento apontam apenas para o suposto envolvimento do candidato Marcus Cavalcante.

“Os indícios, elementos informativos e provas, uma vez que tem os prints de conversas de WhatsApp, levam apenas ao candidato Marcus Cavalcante. A investigação vai perdurar por 30 dias, claro que esse prazo sempre estende e podemos trabalhar se Meire Serafim e Alan Rick também compactuaram com esse ilícito criminal”, destacou.

Entrega de combustível

As investigações devem continuar para comprovar o envolvimento da servidora da educação de Feijó no esquema. Ela não foi presa.

A polícia descobriu também que a testemunha já tinha recebido 70 litros de gasolina. No barco que o suspeito e a testemunha usariam foi apreendido combustível, crachás de fiscais de partido e santinhos.

“O preso e essa servidora da Educação prometeram para essa pessoa [testemunha] que se votasse no Marcus Cavalcante iria continuar com o contrato de professor no seringal onde mora. O flagrante se deu porque o preso e a pessoa da Educação deram gasolina para essa testemunha para que ela e o suspeito fossem para o [seringal] Canadá fazer boca de urna”, disse Ferreira.

O coordenador foi levado para delegacia e solto após o pagamento de fiança no valor de R$ 10 mil. A testemunha prestou depoimento e foi liberada.