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Política

Aumento no ICMS da gasolina e energia é aprovado por deputados do Acre em sessão extraordinária

Aumento no ICMS da gasolina e energia é aprovado por deputados do Acre em sessão extraordinária

Cobrança do ICMS vai aumentar de 17% para 19% no estado após votação nesta sexta-feira (16). Requerimento solicitou que PL voltasse para plenário e fosse votado novamente

Com 14 votos a favor e sete contra, os deputados do Acre aprovaram o projeto de lei que trata do aumento de 17% para 19% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, energia elétrica e outros itens.

A votação ocorreu na tarde desta sexta-feira (16) em uma sessão extraordinária na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).

Nas comissões, o PL foi aprovado com emendas, mas acabou não recebendo a aprovação da maioria dos deputados. Na quinta (15), o deputado Luis Tchê (PDT) protocolou um requerimento pedindo que a proposta fosse reapresentada para discussão e votação em sessão extraordinária nesta sexta.

A justificativa do projeto destaca que um estudo do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal apontou que a alíquota modal do ICMS para o estado recompor receita seria de R$ 20%, mas que a proposta é de 19%.

Deputados que votaram a favor:

  • Cadmiel Bomfim (PSDB)
  • Chico Viga (Podemos)
  • Fagner Calegário (Sem partido)
  • Meire Serafim (MDB)
  • Luiz Gonzaga (PSDB)
  • Gerlen Diniz (PP)
  • Marcus Cavalcante (PTB)
  • Whendy Lima (PSL)
  • Bestene (PP)
  • Pedro Longo (PV)
  • Antonio Pedro (DEM)
  • Manoel Moraes (PSB)
  • André Vale (PRB)
  • Maria Antônia (Pros)

Deputados que votaram contra:

  • Roberto Duarte (MDB)
  • Edvaldo Magalhães (PC do B)
  • Nenem Almeida (Sem partido)
  • Antônia Sales (MDB)
  • Daniel Zen (PT)
  • Jenilson Leite (PSB)
  • Wagner Felipe (PR)

“Vai aumentar tudo no estado do Acre. Sabe quem vai pagar a conta? O povo do Acre. Vão dizer que os outros estados aumentaram e temos que aumentar. Mentira. Sabe qual o estado vai ser penalizado? O estado do Acre”, criticou no plenário o deputado Roberto Duarte, um dos que votou contra.

Na comissões, o líder do governo na Aleac e relator do PL, deputado Pedro Longo, afirmou que a proposta visa recompor as perdas de arrecadação referentes ao ICMS após a medida do governo federal.

Redução ICMS após lei federal

Após muita polêmica, chegando a dizer que não reduziria o ICMS até uma decisão da Justiça, o governo do Acre publicou em julho deste ano a redução das alíquotas de energia, comunicação e combustíveis, reduzindo a cobrança de 25% para 17%.

O estado acreano foi um dos últimos a seguir a lei federal porque aguardava a decisão do ministro Gilmar Mendes, que avaliava o pedido de inconstitucionalidade da lei após o pedido de onze estados.

Em nota, antes do decreto de julho, o secretário da Sefaz, Amarisio Freitas, explicou que essa redução iria gerar um impacto econômico muito grande na arrecadação do estado. Inicialmente, ele falou que o estado perderia R$ 230 milhões, mas depois, em um vídeo publicado pelo governo, ele disse que essa perda seria de R$ 250 milhões até dezembro deste ano.

Em agosto deste ano, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União compensasse as perdas de arrecadação de três estados - entre eles o Acre - que tiveram mudanças nas regras do ICMS que incide sobre combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações.