Na sessão desta terça-feira (4), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Arlenilson Cunha (PL) comentou a nomeação interina do delegado Marcos Frank, para o cargo de diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). O mesmo assumiu o lugar de Alexandre Nascimento, que foi exonerado pelo governo do Estado na passada após o episódio de assédio moral contra policiais penais.
O parlamentar, que é policial penal de carreira, demonstrou descontentamento com a nova nomeação. “O governador tomou uma decisão e exonerou o presidente do Iapen. Após a exoneração, houve a nomeação de um delegado, é uma prerrogativa dele, mas cabe discussão jurídica que a lei garante que somente um policial penal poderia assumir o cargo, mas a gente sabe que tem o Iapen, que é outra lei”, frisou.
Para o deputado, a nomeação é uma resposta negativa aos colegas policiais penais. “Fico me perguntando se não temos policiais penais qualificados para assumir esse cargo, porque com todo respeito ao delegado, mas, só quem conhece o sistema prisional é que está lá dentro. O governador tem livre escolha, mas, essa nomeação para mim foi uma resposta dura para os nossos policiais penais que já trabalham no limite”, complementou Cunha.
Arlenilson Cunha ressaltou ainda que quando esteve à frente do Instituto Penitenciário em 2019, o sistema prisional avançou. “Não tenho nada contra o delegado, mas, repito, quem conhece o sistema prisional é o policial penal. Aqui se criou uma cortina dizendo que é uma questão política. Não precisa ser ligado ao meu grupo político, a questão não é essa. A questão é que nós temos sim servidores qualificados para assumir esse cargo”, finalizou.