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Política

Arlenilson Cunha protocola projeto para sustar portaria que viola direitos dos Policiais Penais

Arlenilson Cunha protocola projeto para sustar portaria que viola direitos dos Policiais Penais

Na manhã desta quarta-feira (07), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) retomou seus trabalhos, e o deputado Arlenilson Cunha (PL) utilizou seu tempo de discurso para abordar uma questão que afeta os policiais penais do Estado. Ele destacou a publicação da portaria nº 724 pelo Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), que regula a folga compensatória das escalas de serviço.

“Meu muito bom dia a todos que nos acompanham, aos colegas deputados, deputado Pedro Longo, aqui nosso presidente do exercício, demais colegas parlamentares e a imprensa que cumpre um papel fundamental,” iniciou Cunha, expressando sua satisfação em retornar aos trabalhos legislativos. Ele rapidamente direcionou seu discurso para a portaria 724, publicada em 1º de julho de 2024.

Cunha explicou que, embora seja favorável à regulação das escalas de serviço, a portaria em questão viola direitos fundamentais dos servidores, especialmente dos policiais penais. “A dispensa médica justifica a ausência, mas não entrará no cômputo para adquirir direito à folga,” leu o parlamentar, destacando a contradição com a lei nº 3.180, que garante que dispensas médicas e outros afastamentos são considerados efetivos para fins de folga compensatória.

“Todo servidor que ultrapassa a carga horária tem direito a folga compensatória, ou essa folga deve ser remunerada pelo Estado,” continuou Cunha. Ele enfatizou que a portaria do Iapen, ao desconsiderar essas ausências para o cálculo da folga, está infringindo a legislação vigente, que foi aprovada pela Aleac e tem força de lei.

Arlenilson informou que a maior parte dos atestados médicos é emitida por servidoras do presídio feminino, muitas das quais têm responsabilidades adicionais, como cuidar dos filhos. “Não podemos permitir que um ato administrativo se sobreponha a uma lei vigente e viole os direitos dos nossos policiais penais,” afirmou, anunciando que já protocolou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar a portaria 724.

Conclamando o apoio dos demais deputados, Cunha reforçou a importância de defender os direitos dos servidores de segurança pública. “Não vamos nos abster de falar e ser voz na Assembleia Legislativa contra qualquer ato que viole direitos,” disse.

Cunha finalizou pedindo o apoio para a aprovação do PDL nas comissões e no plenário, para corrigir a injustiça imposta pela portaria. “Precisamos garantir que um ato administrativo não se sobreponha a uma lei vigente que assegura os direitos efetivos dos servidores,” concluiu.