Josemar Portes foi exonerado nesta quarta-feira (13) e agora quem volta ao cargo é o delegado José Henrique Maciel que tinha deixado a direção em julho de 2020. Governo diz que decisão foi “administrativa”
Após quase dois anos no cargo, o delegado-geral de Polícia Civil, Josemar Portes, foi exonerado da função nesta quarta-feira (13) depois de assumir a direção em julho de 2020. O delegado também já foi corregedor da Polícia Civil por cerca de dois anos e já foi secretário adjunto da Polícia Civil, quando a instituição ainda era secretaria.
“Agradeço ao governador pela confiança que depositou em mim durante quase dois anos de gestão da Polícia Civil. Nós conseguimos avanços significativos nos setores estruturais, tecnológicos também e na atividade fim. O cargo é do governador e ele optou por uma mudança agora e desejo ao sucessor muita sorte, discernimento e temperança na condução para que a sociedade não sofra”, disse Portes.
Ao g1, o governo disse que foi uma decisão administrativa. “O governo do Acre agradece ao delegado Josemar Portes pelo excelente serviço prestado a frente da Polícia Civil. Foi uma decisão administrativa do governo. Josemar Portes foi convidado para exercer outra função de gestão na Segurança Pública do estado.”
Delegado José Henrique Maciel — Fotos: Arquivo/PC-AC
Quem volta ao cargo da direção-geral, é o delegado José Henrique Maciel, que era o responsável pela direção antes de Portes e foi exonerado em julho de 2020.
Na época, o governo não informou o motivo da exoneração do delegado. Mas, o Ministério Público do Acre (MP-AC) informou que existia uma investigação em andamento contra ele sobre suposto esquema de “rachadinha”- termo usado para definir um esquema de repasse de parte do salário recebido por funcionários, servidores ou prestadores de serviço a um gestor, político ou a assessores dele.
Nesta quarta, o governo disse que confia na idoneidade do delegado Henrique Maciel e competência para exercer a direção da Polícia Civil.
O g1 tentou confirmar com o MPE sobre a investigação do suposto esquema de “rachadinha”, mas não obteve resposta. Já o governo informou que o caso foi arquivado. O g1 também tentou ouvir Maciel, mas não conseguiu contato com o delegado.