A deputada Antônia Sales (MDB) destacou, durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (2), a importância da audiência pública marcada para o próximo dia 11 de julho, na Universidade Federal do Acre (UFAC), que irá tratar dos impactos dos embargos ambientais sobre o setor produtivo acreano. A parlamentar defendeu que o encontro seja fortalecido com a participação de deputados estaduais e federais de toda a Região Norte.
“Essa grande audiência pública foi solicitada pelo nosso presidente Nicolau Júnior, com apoio de todos os deputados. Será um momento importante para dar mais musculatura a esse grito do povo que trabalha de sol a sol, nossos agricultores e pecuaristas, que estão sendo impedidos de produzir por causa de leis ambientais abusivas”, afirmou.
A emedebista ressaltou que os embargos ambientais têm afetado diretamente a produção agrícola e pecuária no estado, contribuindo para o empobrecimento da população rural. Para ela, o excesso de restrições ambientais tem “engessado a economia” do Acre.
“A maioria do nosso povo está vivendo de Bolsa Família. Por quê? Porque não conseguem mais produzir. São multados, são obrigados a deixar o campo, vão para a cidade e aí a pobreza aumenta”, lamentou.
A deputada anunciou ainda que, atendendo à sugestão de um colega parlamentar, irá enviar um ofício às Assembleias Legislativas da Região Norte convidando os deputados estaduais e suas bancadas federais para participarem da audiência na UFAC.
“Os problemas ambientais enfrentados no Acre são muito parecidos com os dos outros estados da Amazônia Legal. Por isso, essa não pode ser uma luta isolada. Precisamos dialogar, propor mudanças nas leis e garantir que nosso povo possa trabalhar com dignidade”, defendeu.
Além da mobilização em torno da audiência, Antônia Sales compartilhou sua recente visita às comunidades ribeirinhas do Rio Liberdade, onde participou de atividades com moradores locais. “Nosso povo está sofrido. Estive em várias comunidades no final de semana. Precisamos olhar para essas pessoas que vivem esquecidas, mas que têm força e vontade de produzir”, afirmou.
A parlamentar concluiu convocando todos os deputados e representantes da sociedade a comparecerem à audiência do dia 11. “Essa luta é por justiça, por dignidade e pelo direito de trabalhar. Esperamos todos lá”, finalizou.