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Política

Aleac aprova PL para reconstituição da Representação do Governo em Brasília

Aleac aprova PL para reconstituição da Representação do Governo em Brasília

Os deputados aprovaram na Ordem do Dia desta quarta-feira (8), o projeto de lei de autoria do governo do Estado que visa à reconstituição da Representação do Governo em Brasília a partir do desmembramento da Diretoria de Relações Federativas da Secretaria de Estado de Planejamento. Mais cedo, a matéria foi apreciada e aprovada pelos deputados que compõem as comissões de Constituição e Justiça, Orçamento e Finanças e Serviço Público da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

Segundo a mensagem governamental enviada ao Poder Legislativo, tendo em vista que Secretaria é órgão de natureza precipuamente técnica, como forma de conferir maior eficiência à representação política do Governo do Estado do Acre, que, por meio da Representação do Governo em Brasília, “subsidia o Governador com a especialidade na promoção da interlocução com os demais entes federativos, fortalecendo a presença e os interesses do Estado em âmbito nacional e contribuindo para a construção de um ambiente político e institucional mais harmonioso e produtivo”.

A proposta explica ainda que a Representação do Governo em Brasília não decorrerá aumento da despesa global com pessoal do Poder Executivo.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), expressou preocupações sobre a legalidade e transparência da proposta. Ele destacou a possível nomeação de um deputado federal e a necessidade de “legalidade” atribuída ao acordo pela Assembleia, alertando para o risco de escândalo. Magalhães também questionou a rapidez com que o acordo foi conduzido, sugerindo que precauções foram negligenciadas.

O parlamentar apontou para o risco de “cheque em branco” ao conceder autorização ao governo para criar cargos sem a devida autorização legislativa, citando experiências anteriores.

“A pulga fica atrás da orelha porque não foi extinto um único cargo. Portanto, foi criado mais um. Transformado o cargo de diretoria em cargo de secretaria. E há acréscimo de despesas. Fere a lei de Responsabilidade Fiscal, sim. Essa fragilização recente levanta sérias questões sobre a direção futura do governo e será registrada pela história”, disse.

Ao discutir a matéria, o deputado Afonso Fernandes (PL) destacou a importância de adotar diferentes perspectivas ao analisar a proposta. Em sua fala, ele ressaltou a necessidade de “buscar parcerias políticas que fortaleçam a atuação do estado” e “otimizar os recursos disponíveis para beneficiar diversos setores da administração pública”. Para ele, a aprovação do projeto trará benefícios reais para o Acre e assegurou o compromisso de fiscalizar de perto sua implementação.

Já o deputado Eduardo Ribeiro (PSD), relator da matéria, ressaltou que “não há inconstitucionalidade” no projeto, argumentando que não está sendo concedido um “cheque em branco”, mas sim, especificamente autorizando o governo do Estado a criar um novo cargo.

“O projeto detalha as atribuições do cargo, incluindo o acompanhamento da liberação de recursos e projetos de interesse estatal. Além disso, a nomeação para o cargo será de livre escolha do governador, e que qualquer falta de benefício ou irregularidade será sujeita a escrutínio público e judicial”, explicou.

O parlamentar enfatizou ainda que a análise deve se ater ao mérito do cargo proposto e suas possíveis contribuições para o Estado. “Caso o novo cargo não traga os benefícios esperados, medidas podem ser tomadas para corrigir a situação, incluindo ações legais e apelos ao Ministério Público. Sabemos que a fiscalização e a prestação de contas serão fundamentais para garantir a eficácia e legitimidade do processo”, afirmou Ribeiro.