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POLÍTICA

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A farra de Natal de Bocalom custa caro ao povo de Rio Branco”, denuncia Kamai sobre gastos milionários e falta de transparência

A farra de Natal de Bocalom custa caro ao povo de Rio Branco”, denuncia Kamai sobre gastos milionários e falta de transparência

O vereador André Kamai (PT) voltou a denunciar o que classificou como “a farra do dinheiro público” promovida pela gestão do prefeito Tião Bocalom com os gastos da ornamentação natalina deste ano.

De acordo com documentos oficiais apresentados por Kamai, a Prefeitura destinou mais de R$ 4,1 milhões para a locação e aquisição de artefatos de decoração e iluminação de Natal. O parlamentar destacou que, além dos valores exorbitantes, o contrato da licitação ainda não foi publicado no Diário Oficial, o que configura, segundo ele, uma grave falha de transparência.

Entre os itens licitados, o vereador chamou atenção para os valores considerados abusivos. A casinha do Papai Noel, por exemplo, foi alugada por R$ 320 mil, enquanto que a árvore de Natal digital custará cerca de R$ 362 mil. Já o túnel de LED com flocos de neve saiu por mais de meio milhão de reais, com acréscimo de R$ 30 mil apenas para simular neve em pleno verão amazônico. Também constam na planilha de homologação um trenó com oito renas por R$ 80 mil e um item identificado como “prefeitinho de Natal”, orçado em R$ 115 mil.

“Estamos alugando uma casinha de Papai Noel por R$ 320 mil. Dava para pagar oito meses de aluguel deste prédio onde funciona a Câmara. Essa megalomania está nos levando a um buraco”, criticou Kamai.

O vereador também rebateu declarações do secretário municipal de Infraestrutura, Cid Ferreira, que alegou economia no processo de contratação. “A verdade está nos documentos. O que o secretário disse não é verdade. Os números mostram o contrário”, afirmou.

Para Kamai, enquanto a prefeitura investe milhões em luzes e adereços, a cidade enfrenta problemas muito mais urgentes.

“Estamos gastando mais de R$ 4 milhões com pisca-pisca enquanto tem bairro sem água, ônibus quebrando no meio da rua e postos de saúde sem medicamentos básicos. Não é possível que isso seja prioridade”, denunciou.

O parlamentar informou que irá solicitar formalmente ao Ministério Público do Acre (MPAC) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC) que investiguem o processo licitatório e a execução do contrato.

“Queremos transparência e respeito com o dinheiro público. Não é contra o Natal, é contra o desperdício e o engano”, concluiu Kamai.